No dia 15 de janeiro último, na Caixa Cultural/RJ, no centro do Rio de Janeiro, foi realizado um ato em homenagem ao militante político, Carlos Marighella, além de outros brasileiros que morreram resistindo à ditadura civil-militar.
O evento foi organizado pelos grupos Tortura Nunca Mais/RJ, Marighella Vive e Exposição Marighella. Cerca de 150 pessoas compareceram.
O ato teve início com a exibição do filme “O Retrato Falado do Guerrilheiro” sobre a vida de Carlos Marighella, dirigido pelo cineasta Sylvio Tendler, seguido de debate. Quase ao final da primeira parte do evento o coordenador do evento, Carlos Fayal, foi informado pela gerência do Centro Cultural de que através de um telefonema anônimo uma bomba teria sido colocada no prédio. Rapidamente homenagearam-se outros militantes mortos, sendo que a determinação dos responsáveis era deixar o edifício vazio o mais rápido possível.
Estávamos atônitos e perplexos e nos perguntávamos: de onde essas vêm as ameaças de bombas? Quem tem medo dessas homenagens? Quem tem medo da verdade? A quem interessa manter o esquecimento?
O episódio, sem dúvida, foi uma tentativa de intimidar os movimentos que constantemente se manifestam contra as violações dos direitos humanos e tentam trazer para sociedade brasileira o que foi o terrorismo de Estado implantado em nosso país de 1964 a 1985.
Não podemos aceitar estes fatos em um país que se diz democrático e de direito.
Não serão tais ameaças e intimidações fascistas que nos farão desistir da nossa luta pela verdade e pela justiça!
Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 2010
Pela Vida, Pela Paz!Tortura Nunca Mais!
Comissão da Verdade Já!
Grupo Tortura Nunca Mais/RJ
Marighella Vive/RJ
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