segunda-feira, 16 de julho de 2012

Divulgando. Nota de um PM indignado.

divulgando nota anonim@ de um PM indignado.
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Será que nin­guém está vendo o que esta no­va­mente ocor­rendo na nossa ca­pital?

Logo após a re­a­li­zação da ope­ração sexto man­da­mento, os po­li­ciais que não foram presos na ope­ração foram lo­tados no Grupo de Radio Pa­tru­lha­mento Aéreo da PMGO - GRAER, local onde es­tavam lo­tados vá­rios dos po­li­cias que foram presos, in­clu­sive o Te­nente Co­ronel Ri­cardo Rocha. Criou-se ali um feudo, co­man­dado pelo Major Ri­cardo Mendes pelo Ca­pitão Dur­va­lino Câ­mara, este úl­timo co­nhe­cido pela li­de­rança exer­cida sobre todo o grupo “sexto man­da­mento”.

Como todos estes es­tavam di­re­ta­mente li­gados ao poder exe­cu­tivo es­ta­dual que an­te­cedeu o atual, leia-se Se­cre­tário Braga, Se­cre­tário Roler, e Go­ver­nador Al­cides, no início do atual go­verno não ti­veram muito es­paço. Porém uti­li­zando de uma es­tra­tégia ma­qui­a­vé­lica, lan­çaram por meio de con­ven­ci­mento do Se­cre­tário de Se­gu­rança Pú­blica atual, João Fur­tado, o pro­jeto de cri­ação de um super co­mando, de­no­mi­nado de Co­mando de Mis­sões Es­pe­ciais - CME.

O Co­man­dante Geral, Co­ronel Edson in­flu­en­ciado pelo Ca­pitão Câ­mara e Major Ri­cardo Mendes, in­dicou o Te­nente Co­ronel Ur­zeda para ser o Co­man­dante do CME, função que por lei de­veria ser ocu­pada por Co­ronel e não por Te­nente Co­ronel. O Te­nente Co­ronel Ur­zeda por sua vez, re­cen­te­mente foi co­man­dante do Ca­pitão Câ­mara na ROTAM, e como ficou des­lum­brado com a pos­si­bi­li­dade de ser pro­mo­vido pre­co­ce­mente a Co­ronel (é o Te­nente Co­ronel mais novo e há menos tempo no cargo da Po­licia Mi­litar de Goias), vem se sub­me­tendo aos mandos e des­mandos do Ca­pitão Câ­mara. Foi então criado neste ano o CME, que agrega as se­guintesuni­dades, GRAER, Com­pa­nhia de Ope­ra­ções Es­pe­ciais, Co­mando de Di­visas e o CME 2, ser­viço de in­te­li­gência onde estão lo­tados todos os as­sas­sinos da ope­ração sexto man­da­mento co­man­dados pelo Ca­pitão Câ­mara.

O re­sul­tado deste quadro todos estão vendo, mortes vi­o­lentas, morte de po­li­ciais, cha­cinas, su­postos con­frontos com mortes e a velha tá­tica da prá­tica de as­sas­si­natos com uti­li­zação de motos, ou seja, nada além do que ocorria antes da ope­ração sexto man­da­mento.Vão aqui al­guns fatos para que a Po­lícia Civil (que pa­rece estar aco­var­dada) tome pro­vi­dên­cias e para que as de­mais au­to­ri­dades te­nham co­nhe­ci­mento (caso já não te­nham):

• A cha­cina no Jardim Olím­pico no final de 2011 onde foram as­sas­si­nadas 6 pes­soas in­clu­sive uma cri­ança de quatro anos, foi pra­ti­cada porque um pa­rente das ví­timas en­vol­vido com o mundo do crime, teria ame­a­çado de morte o sol­dado Osiris e o Sar­gento Diniz (CME2) por de­sa­cordo de ex­torsão de tra­fi­cantes. A cha­cina foi pro­mo­vida pelos se­guintes mi­li­tares: Sub­te­nente Fritiz, Sar­gento Diniz, Sar­gento Da Silva, sol­dado Osiris e Sol­dado Fi­guei­redo, sendo este úl­timo o autor da morte da cri­ança. Os pe­ritos re­pas­saram para o De­le­gado que in­ves­ti­gava o caso Dr. An­derson (que por pressão do grupo pediu afas­ta­mento re­cen­te­mente), o laudo com cáp­sulas de cal. .40 com nu­me­ração es­pe­cí­fica, ca­rac­te­rís­tica das mu­ni­ções usadas na PMGO. O Dr. An­derson sabe in­clu­sive por meio de in­for­ma­ções sobre o que está aqui es­crito, res­pondão porque não foi to­mada pro­vi­den­cias aos res­pon­sá­veis.

• A as­sas­si­nato do Cabo Bar­bosa lo­tado no Ba­ta­lhao ro­do­vi­ario ocor­rido no mês de junho, ocorreu em de­cor­rência de um de­sen­ten­di­mento entre in­te­grantes do CME 2 e a ví­tima que era in­for­mante dos mesmos. O de­sen­ten­di­mento deu-se em razão de uma apre­ensão de ma­conha vinda de Campo Grande MS, onde todosiriam ex­tor­quir o tra­fi­cante. Algo deu er­rado, ocorreu então a prisão do tra­fi­cante e apre­sen­tação do ma­te­rial apre­en­dido. O Sar­gento Darcs que está preso no Pre­sídio Mi­litar sabe de tudo, pois teve par­ti­ci­pação ativa. O Sar­gento Antônio e o Sol­dado Sousa que fa­ziam parte do ser­viço de in­te­li­gência do Ba­ta­lhao ro­do­vi­ario, também sabem, e foram afas­tados as função e ame­a­çados de morte pelo CME 2. O co­man­dante geral, co­ronel Edson, que é li­gado di­re­ta­mente ao grupo de ex­ter­mínio sabia de toda a ação, in­clu­sive não per­mitiu nem que se no­ti­ci­asse a morte no site da po­licia mi­litar.

• A morte dos mar­gi­nais Ale­xandro Mar­ques de Sousa “san­drinho” e Wi­lian da Silva “Tripão” por in­te­grantes do CME sem farda, do “me­lhor ser­viço de in­te­li­gência do Brasil”, como disse o Co­man­dante Ur­zeda, na BR 153, foi uma exe­cução clás­sica, onde as ví­timas após ren­didas foram fri­a­mente as­sas­si­nadas.

• O as­sas­si­nato do jor­na­lista Va­lério Luis, filho do Mané de Oli­veira tem re­lação di­reta com o Te­nente Co­ronel (e se “deus” aben­çoar e o Go­ver­nador as­sinar, fu­turo co­ronel) Ur­zeda que como todos sabem é in­ti­ma­mente li­gado à di­re­toria do Atlé­tico, uma das prin­ci­pais ví­timas dos co­men­tá­rios da ví­tima. Quem exe­cutou o jor­na­lista foi o SD Fi­guei­redo do CME2, se houver um re­co­nhe­ci­mento do mesmo pelas tes­te­mu­nhas não ha­verá dú­vidas. Estão or­ga­ni­zando uma acu­sação contra um menor de idade, que, ou irá as­sumir, ou irá morrer, e a arma do crime será plan­tada com esse in­di­víduo, podem anotar isso aí, se não der tempo dessa in­for­mação chegar no co­man­dante Ur­zeda (viu ser­viço de in­te­li­gência da se­cre­taria de se­gu­rança pu­blica, que ao invés de in­ves­tigar, in­formam o ban­dido.)

• A ocor­rência no pátio do Car­re­four Su­do­este re­cen­te­mente onde a ví­tima, ad­vo­gado, foi morto pelos agentes do CME 2, Sar­gento Diniz, Sol­dado Jordão e Te­nente Adi­nailton, acu­sado de estar ar­mado (o re­volver foi co­lo­cado no carro com cáp­sulas de­fla­gradas sem a ví­tima ter feito ne­nhum dis­paro, e ainda foi co­lo­cado no banco, onde de­pois de uma co­lisão nem saiu do lugar...), conta com uma ver­da­deira força ta­refa para dis­si­mular o que re­al­mente ocorreu, exe­cução clara. Re­cen­te­mente um po­li­cial diz ter achado um ta­blete de ma­conha jus­ta­mente onde o carro do ad­vo­gado foi lo­ca­li­zado, e pior, a de­le­gada de Ho­mi­cídio, Dra Adriana que tem ci­ência de vá­rios fatos e esta com medo fez menção de que a droga era da ví­tima.

Que ab­surdo. Como al­guém que es­tava com a mu­lher em tra­balho de parto, es­taria pra­ti­cando trá­fico de drogas, sem drogas e sem com­prador, diga-se de pas­sagem, e com a mu­lher no hos­pital em tra­balho de parto. Tudo que está aqui é de co­nhe­ci­mento de vá­rios se­gui­mentos da so­ci­e­dade e da po­lícia, e as ações são co­man­dadas pelo Te­nente co­ronel Ur­zeda (que vai ser co­ronel, podem anotar isso) e exe­cu­tadas pela tropa do CME con­du­zidas pelo Ca­pitão Câ­mara. Caso o Go­ver­nador, o Co­man­dante da PMGO, o Mi­nis­tério Pú­blico, a OAB, o Poder Ju­di­ciá­rios dentre ou­tras ins­ti­tui­ções te­nham in­te­resse em tomar pro­vi­dên­cias, devem co­meçar ob­ser­vando os po­li­ciais que estão lo­tados no CME2 e no GRAER, quase todos en­vol­vidos di­reta e in­di­re­ta­mente no sexto man­da­mento.

 A abran­gência do co­mando desta or­ga­ni­zação cri­mi­nosa e amplo está pre­sente em pra­ti­ca­mente todos os se­gui­mentos da so­ci­e­dade, mo­tivo pelo qual estas de­nún­cias são feitas de forma anô­nima, pois senão eu seria as­sas­si­nado, e ainda me ma­cu­la­riam como tra­fi­cante, co­lo­ca­riam uma arma em mi­nhas mãos, nessas ocor­rên­cias man­jadas que todos co­nhe­cemos, ou então uma moto pas­saria e... Au­to­ri­dades tomem as pro­vi­dên­cias ca­bí­veis, pois esta carta foi en­viada si­mul­ta­ne­a­mente para o MPGO, OAB, ca­nais de im­prensa, Se­cre­tário de Se­gu­rança Pú­blica e Co­mando da PMGO.Os úl­timos dois di­fi­cil­mente to­marão pro­vi­den­cias pois tem o Rabo preso.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A VERDADEIRAB HISTÓRIA DA QUEDA DO PRESIDENTE PARAGUAIO.

postagem inicialmente observada em: aqui

A Monsanto, os mortos de Curuguaty e o julgamento político de Lugo

 

Foram muitos os sinais que antecederam o golpe contra o presidente Fernando Lugo: a maneira como ocorreu o conflito em Curuguaty que deixou 17 mortos, a presença de franco-atiradores entre os camponeses, a campanha via jornal ABC Color contra os funcionários do governo que se opunham à liberação das sementes de algodão transgênico da Monsanto, a convocação de um tratoraço nacional com bloqueio de estradas para o dia 25. O jornalista paraguaio Idilio Méndez Grimaldi conta essa história e adverte: "os mortos de Curugaty carregam uma mensagem para a região, especialmente para o Brasil".

 

Quem está por trás desta trama tão sinistra? Os impulsionadores de uma ideologia que promove o lucro máximo a qualquer preço e quanto mais, melhor, agora e no futuro. No dia 15 de junho de 2012, um grupo de policiais que ia cumprir uma ordem de despejo no departamento de Canindeyú, na fronteira com o Brasil, foi emboscado por franco-atiradores, misturados com camponeses que pediam terras para sobreviver. A ordem de despejo foi dada por um juiz e uma promotora para proteger um latifundiário. Resultado da ação: 17 mortos, 6 policiais e 11 camponeses, além de dezenas de feridos graves. As consequências: o governo frouxo e tímido de Fernando Lugo caiu com debilidade ascendente e extrema, cada vez mais à direita, a ponto de ser levado a julgamento político por um Congresso dominado pela direita.

 

Trata-se de um duro revés para a esquerda e para as organizações sociais e campesinas, acusadas pela oligarquia latifundiária de instigar os camponeses. Representa ainda um avanço do agronegócio extrativista nas mãos de multinacionais como a Monsanto, mediante a perseguição dos camponeses e a tomada de suas terras. Finalmente, implica a instalação de um cômodo palco para as oligarquias e os partidos de direita para seu retorno triunfal nas eleições de 2013 ao poder Executivo.

 

No dia 21 de outubro de 2011, o Ministério da Agricultura e Pecuária, dirigido pelo liberal Enzo Cardozo, liberou ilegalmente a semente de algodão transgênico Bollgard BT, da companhia norteamericana de biotecnologia Monsanto, para seu plantio comercial no Paraguai. Os protestos de organizações camponesas e ambientalistas foram imediatos. O gene deste algodão está misturado com o gene do Bacillus thurigensis, uma bactéria tóxica que mata algumas pragas do algodão, como as larvas do bicudo, um coleóptero que deposita seus ovos no botão da flor do algodão.

 

O Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Vegetal e de Sementes (Senave), instituição do Estado paraguaio dirigida por Miguel Lovera, não inscreveu essa semente nos registros de cultivares pela falta de parecer do Ministério da Saúde e da Secretaria do Ambiente, como exige a legislação.

 

Campanha midiática

Nos meses posteriores, a Monsanto, por meio da União de Grêmios de Produção (UGP), estreitamente ligada ao grupo Zuccolillo, que publica o jornal ABC Color, lançou uma campanha contra o Senave e seu presidente por não liberar o uso comercial em todo o país da semente de algodão transgênico da Monsanto. A contagem regressiva decisiva parece ter iniciado com uma nova denúncia por parte de uma pseudosindicalista do Senave, chamada Silvia Martínez, que, no dia 7 de junho, acusou Lovera de corrupção e nepotismo na instituição que dirige, nas páginas do ABC Color. Martínez é esposa de Roberto Cáceres, representante técnico de várias empresas agrícolas, entre elas a Agrosan, recentemente adquirida por 120 milhões de dólares pela Syngenta, outra transnacional, todas sócias da UGP.

 

No dia seguinte, 8 de junho, a UGP publicou no ABC uma nota em seis colunas: “Os 12 argumentos para destituir Lovera”. Estes supostos argumentos foram apresentados ao vice-presidente da República, correligionário do ministro da Agricultura, o liberal Federico Franco, que naquele momento era o presidente interino do Paraguai, em função de uma viagem de Lugo pela Ásia.

 

No dia 15, por ocasião de uma exposição anual organizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, o ministro Enzo Cardoso deixou escapar um comentário diante da imprensa que um suposto grupo de investidores da Índia, do setor de agroquímicos, cancelou um projeto de investimento no Paraguai por causa da suposta corrupção no Senave. Ele nunca esclareceu que grupo era esse. Aproximadamente na mesma hora daquele dia, ocorriam os trágicos eventos de Curuguaty.

 

No marco desta exposição preparada pelo citado Ministério, a Monsanto apresentou outra variedade de algodão, duplamente transgênica: BT e RR, ou Resistente ao Roundup, um herbicida fabricado e patenteado pela transnacional. A pretensão da Monsanto é a liberação desta semente transgênica no Paraguai, tal como ocorreu na Argentina e em outros países do mundo.

 

Antes desses fatos, o diário ABC Color denunciou sistematicamente, por supostos atos de corrupção, a ministra da Saúde, Esperanza Martínez, e o ministro do Ambiente, Oscar Rivas, dois funcionários do governo que não deram parecer favorável a Monsanto.

 

Em 2001, a Monsanto faturou 30 milhões de dólares, livre de impostos (porque não declara essa parte de sua renda), somente na cobrança de royalties pelo uso de sementes de soja transgênica no Paraguai. Toda a soja cultivada no país é transgênica, numa extensão de aproximadamente 3 milhões de hectares, com uma produção em torno de 7 milhões de toneladas em 2010.

 

Por outro lado, na Câmara de Deputados já se aprovou o projeto de Lei de Biossegurança, que cria um departamento de biossegurança dentro do Ministério da Agricultura, com amplos poderes para a aprovação para cultivo comercial de todas as sementes transgênicas, sejam de soja, de milho, de arroz, algodão e mesmo algumas hortaliças. O projeto prevê ainda a eliminação da Comissão de Biossegurança atual, que é um ente colegiado forma por funcionários técnicos do Estado paraguaio.

 

Enquanto transcorriam todos esses acontecimentos, a UGP preparava um ato de protesto nacional contra o governo de Fernando Lugo para o dia 25 de junho. Seria uma manifestação com máquinas agrícolas fechando estradas em distintos pontos do país. Uma das reivindicações do chamado “tratoraço” era a destituição de Miguel Lovera do Senave, assim como a liberalização de todas as sementes transgênicas para cultivo comercial.

 

As conexões

A UGP é dirigida por Héctor Cristaldo, apoiado por outros apóstolos como Ramón Sánchez – que tem negócios com o setor dos agroquímicos -, entre outros agentes das transnacionais do agronegócio. Cristaldo integra o staff de várias empresas do Grupo Zuccolillo, cujo principal acionista é Aldo Zuccolillo, diretor proprietário do diário ABC Color, desde sua função sob o regime de Stroessner, em 1967. Zuccolillo é dirigente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).

 

O grupo Zuccolillo é sócio principal no Paraguai da Cargill, uma das maiores transnacionais do agronegócio no mundo. A sociedade entre os dois grupos construiu um dos portos graneleiros mais importantes do Paraguai, denominado Porto União, a 500 metros da área de captação de água da empresa de abastecimento do Estado paraguaio, no Rio Paraguai, sem nenhuma restrição.

 

As transnacionais do agronegócio no Paraguai praticamente não pagam impostos, mediante a férrea proteção que tem no Congresso, dominado pela direita. A carga tributária no Paraguai é apenas de 13% sobre o PIB. Cerca de 60% do imposto arrecadado pelo Estado paraguaio é via Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Os latifundiários não pagam impostos. O imposto imobiliário representa apenas 0,04% da carga tributária, cerca de 5 milhões de dólares, segundo estudo do Banco Mundial, embora a renda do agronegócio seja de aproximadamente 30% do PIB, o que representa cerca de 6 bilhões de dólares anuais.

 

O Paraguai é um dos países mais desiguais do mundo. Cerca de 85% das terras, aproximadamente 30 milhões de hectares, estão nas mãos de 2% de proprietários, que se dedicam à produção meramente para exportação ou, no pior dos casos, à especulação sobre a terra. A maioria desses oligarcas possui mansões em Punta del Este ou em Miami e mantém estreitas relações com transnacionais do setor financeiro, que guardam seus bens mal havidos nos paraísos fiscais ou tem investimentos facilitados no exterior. Todos eles, de uma ou outra maneira, estão ligados ao agronegócio e dominam o espectro político nacional, com amplas influências nos três poderes do Estado. Ali reina a UGP, apoiada pelas transnacionais do setor financeiro e do agronegócio.

 

Os fatos de Curugaty

Curuguaty é uma cidade na região oriental do Paraguai, a cerca de 200 quilômetros de Assunção, capital do país. A alguns quilômetros de Curuguaty encontra-se a fazenda Morombi, de propriedade do latifundiário Blas Riquelme, com mais de 70 mil hectares nesse lugar. Riquelme provém das entranhas da ditadura de Stroessner (1954-1989), sob cujo regime acumulou uma intensa fortuna. Depois, aliou-se ao general Andrés Rodríguez, que executou o golpe de Estado que derrubou o ditador Stroessner. Riquelme, que foi presidente do Partido Colorado por muitos anos e senador da República, dono de vários supermercados e estabelecimentos pecuários, apropriou-se mediante subterfúgios legais de aproximadamente 2 mil hectares que pertencem ao Estado paraguaio.

 

Esta parcela foi ocupada pelos camponeses sem terra que vinham solicitando ao governo de Fernando Lugo sua distribuição. Um juiz e uma promotora ordenaram o despejo dos camponeses, por meio do Grupo Especial de Operações (GEO), da Polícia Nacional, cujos membros de elite, em sua maioria, foram treinados na Colômbia, sob o governo de Uribe, para a luta contra as guerrilhas.

 

Só uma sabotagem interna dentro dos quadros de inteligência da polícia, com a cumplicidade da promotoria, explica a emboscada, na qual morreram seis policiais. Não se compreende como policiais altamente treinados, no marco do Plano Colômbia, puderam cair facilmente em uma suposta armadilha montada pelos camponeses, como quer fazer crer a imprensa dominada pela oligarquia. Seus camaradas reagiram e dispararam contra os camponeses, matando 11 e deixando uns 50 feridos. Entre os policiais mortos estava o chefe do GEO, comissário Erven Lovera, irmão do tenente coronel Alcides Lovera, chefe de segurança do presidente Lugo.

 

O plano consiste em criminalizar, levar até ao ódio extremo todas as organizações campesinas, para fazer os camponeses abandonarem o campo, deixando-o para uso exclusivo do agronegócio. É um processo doloroso, “descampesinização” do campo paraguaio, que atenta diretamente contra a soberania alimentar, a cultura alimentar do povo paraguaio, por serem os camponeses produtores e recriadores ancestrais de toda a cultura guarani.

 

Tanto o Ministério Público, como o Poder Judiciário e a Polícia Nacional, assim como diversos organismos do Estado paraguaio estão controlados mediante convênios de cooperação com a USAID, agência de cooperação dos Estados Unidos.

 

O assassinato do irmão do chefe de segurança do presidente da República obviamente foi uma mensagem direta a Fernando Lugo, cuja cabeça seria o próximo objetivo, provavelmente por meio de um julgamento político, mesmo que ele tenha levado seu governo mais para a direita, tratando de acalmar as oligarquias. O ocorrido em Curuguaty derrubou Carlos Filizzola do Ministério do Interior. Em seu lugar, foi nomeado Rubén Candia Amarilla, proveniente do opositor Partido Colorado, o qual Lugo derrotou nas urnas em 2008, após 60 anos de ditadura colorada, incluindo a tirania de Alfredo Stroessner.

 

Candia foi ministro da Justiça do governo colorado de Nicanor Duarte (2003-2008) e atuou como procurador geral do Estado por um período, até o ano passado, quando foi substituído por outro colorado, Javier Díaz Verón, por iniciativa do próprio Lugo. Candia é acusado de ter promovido a repressão contra dirigentes de organizações campesinas e de movimentos populares. Sua indicação como procurador geral do Estado em 2005 foi aprovada pelo então embaixador dos Estados Unidos, John F. Keen. Candia foi responsável por um maior controle do Ministério Público por parte da USAID e foi acusado por Lugo no início do governo de conspirar para tirá-lo do poder.

 

Após assumir como ministro político de Lugo, a primeira coisa que Candia fez foi anunciar o fim do protocolo de diálogo com os campesinos que ocupam propriedades. A mensagem foi clara: não haverá conversação, mas simplesmente a aplicação da lei, o que significa empregar a força policial repressiva sem contemplação. Dois dias depois de Candia assumir, os membros do UGP, encabeçados por Héctor Cristaldo, foram visitar o flamante ministro do Interior, a quem solicitaram garantias para a realização do tratoraço no dia 25. No entanto, Cristaldo disse que a medida de força poderia ser suspensa, em caso de sinais favoráveis para a UGP (leia-se: liberação das sementes transgênicas da Monsanto, destituição de Lovera e de outros ministros, entre outras vantagens para o grande capital e os oligarcas), levando o governo ainda mais para a direita.

 

Cristaldo é pré-candidato a deputado para as eleições de 2013 por um movimento interno do Partido Colorado, liderado por Horacio Cartes, um empresário investigado em passado recente nos Estados Unidos por lavagem de dinheiro e narcotráfico, segundo o próprio ABC Color, que foi ecoado por várias mensagens do Departamento de Estado dos EUA, conforme divulgado por Wikileaks. Entre elas, uma se referia diretamente a Cartes, no dia 15 de novembro de 2011.

 

Julgamento político de Lugo

Enquanto escrevia esse artigo, a UGP (4), alguns integrantes do Partido Colorado e os próprios integrantes do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), dirigido pelo senador Blas Llano e aliado do governo até então, começaram a ameaçar com a abertura de um processo de impeachment de Fernando Lugo para destituí-lo do cargo de presidente da República. Lugo passou a depender do humor dos colorados para seguir como presidente do país, assim como do de seus aliados liberais, que passaram a ameaçá-lo com um julgamento político, seguramente buscando mais espaços de poder (dinheiro) como condição para a paz. O Partido Colorado, aliado a outros partidos minoritários de oposição tinha a maioria necessária para destituir o presidente de suas funções.

 

Talvez esperassem “os sinais favoráveis” de Lugo que a UGP – em nome da Monsanto, da pátria financeira e dos oligarcas – estava exigindo do governo. Caso contrário se passaria à fase seguinte, de interrupção deste governo que nasceu como progressista e lentamente foi terminando como conservador, controlado pelos poderes da oposição.

 

Entre outras coisas, Lugo é responsável pela aprovação da Lei Antiterrorista, patrocinada pelos EUA em todo o mundo depois do 11 de setembro. Em 2010, ele autorizou a implementação da Iniciativa Zona Norte, que consiste na instalação e deslocamento de tropas e civis norteamericanos no norte da região oriental – no nariz do Brasil – supostamente para desenvolver atividades a favor das comunidades campesinas.

 

A Frente Guazú, coalizão das esquerdas que apoia Lugo, não conseguiu unificar seu discurso e seus integrantes acabaram perdendo a perspectiva na análise do poder real, ficando presos nos jogos eleitorais imediatistas. Infiltrados pelo USAID, muitos integrantes da Frente Guazú, que participavam da administração do Estado, sucumbiram ao canto de sereia do consumismo galopante do neoliberalismo. Se corromperam até os ossos, convertendo-se em cópias vaidosas de novos ricos que integravam os recentes governos do direitista Partido Colorado.

 

Curuguaty também engloba uma mensagem para a região, especialmente para o Brasil, em cuja fronteira se produziram esses fatos sangrentos, claramente dirigidos pelos senhores da guerra, cujos teatros de operações estão montados no Iraque, Líbia, Afeganistão e, agora, Síria. O Brasil está construindo um processo de hegemonia mundial junto com a Rússia, Índia e China, denominado BRIC. No entanto, os EUA não recuam na tentativa de manter seu poder de influência na região. Já está em marcha o novo eixo comercial integrado por México, Panamá, Colômbia, Peru e Chile. É um muro de contenção aos desejos expansionistas do Brasil na direção do Pacífico.

 

Enquanto isso, Washington segue sua ofensiva diplomática em Brasília, tratando de convencer o governo de Dilma Rousseff a estreitar vínculos comerciais, tecnológicos e militares. Além disso, a IV Frota dos EUA, reativada há alguns anos após estar fora de serviço desde o fim da Segunda Guerra Mundial, vigia todo o Atlântico Sul, caracterizando um outro cerco ao Brasil, caso a persuasão diplomática não funcione.

 

E o Paraguai é um país em disputa entre ambos países hegemônicos, sendo ainda amplamente dominado pelos EUA. Por isso, os eventos de Curuguaty representam também um pequeno sinal para o Brasil, no sentido de que o Paraguai pode se converter em um obstáculo para o desenvolvimento do sudoeste do Brasil.

 

Mas, acima de tudo, os mortos de Curuguaty representam um sinal do grande capital, do extrativismo explorador que assola o planeta e aplasta a vida em todos os rincões da Terra em nome da civilização e do desenvolvimento. Felizmente, os povos do mundo também vêm dando respostas a estes sinais da morte, com sinais de resistência, de dignidade e de respeito a todas as formas de vida no planeta.

 

(Por Idilio Méndez Grimaldi (*), Carta Maior, 25/06/2012)

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

 

(*) Jornalista, pesquisador e analista. Membro da Sociedade de Economia Política do Paraguai (SEPPY). Autor do livro “Lor Herederos de Stroessner”.

(**) Esse artigo foi escrito dias antes da aprovação, no Senado paraguaio, da abertura do processo de impeachment de Fernando Lugo.

 

domingo, 13 de maio de 2012

Perfil socioeconômico e cultural dos estudantes de graduação das Universidades Federais Brasileiras


fonte: Andifes (aqui)

Pesquisa Perfil
O Coordenador Nacional do FONAPRACE, Prof. Valberes Bernardo do Nascimento, lançou ontem em Brasília, no Seminário Andifes “Assistência Estudantil e Política de Expansão”, o resultado da pesquisa nacional do “Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes de Graduação das Universidades Federais Brasileiras”, realizada pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (FONAPRACE) com apoio da ANDIFES. O seminário contou com a presença do Secretário de Educação da SESu_MEC, Prof. Luiz Claudio Costa, do Presidente da Andifes, Prof. João Luiz Martins (Reitor da UFOP), dos Reitores das Universidades Federais e Pró-Reitores de Assuntos Estudantis de todo país, além de convidados e da imprensa nacional.
Perfil dos Estudantes das Federais:
Classes C, D e E (renda familiar de até três salários mínimos) representam 44% dos estudantes das Federais. Este percentual sobe para 69% e 52% nas regiões Norte e Nordeste, respectivamente.

Segundo o Coordenador Nacional do FONAPRACE, Prof. Valberes Nascimento, se considerarmos a significativa migração ascendente ocorrida entre as classes sociais nestes últimos oito anos, verificamos claramente que a manutenção do índice de 44% de estudantes das classes C, D e E nas Universidades Federais de 1996 a 2011 revela a importância das ações afirmativas de inclusão e permanência, resultantes dos maciços investimentos em Assistência Estudantil nos dois mandatos do governo Lula. Note-se que “se considerarmos que os estudantes pertencentes à classe B2 (renda familiar de até cinco salários mínimos) também se incluem no público alvo da Assistência Estudantil, este percentual sobe para 67%, quebrando o mito de que nas federais os estudantes são, em sua maioria, os mais ricos.
O estudante das Universidades Federais é jovem, tendo em média 23 anos de idade, sendo que o maior percentual situa-se na faixa de 21 anos de idade.
As mulheres são maioria (7% a mais do que os homens).
O percentual de estudantes de raça/cor/etnia preta aumentou quase 50% (8,7% contra 5,9% em 2004) com destaque para as regiões Norte e Nordeste.
Os estudantes egressos de escola pública representam quase 50% do alunado.
Clique aqui  para baixar o relatório completo.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Informações retiradas daqui:
Depois de anos tramitando no Congresso Nacional, deputados aprovam com louvor novo texto que modifica principal lei florestal do Brasil. O texto mais brando do Senado foi rejeitado por 274 deputados, enquanto a seu favor votaram 184.
Isso significa que foi aprovado o relatório Piau, que flexibiliza ainda mais o Código Florestal.
Entenda o “sim” e o “não”
A votação teve uma pegadinha. Os deputados que votaram “sim” desejavam a manutenção do texto aprovado pelo Senado, apoiado pelo governo e que garantia faixas mínimas de proteção e recomposição florestal. Os deputados que votaram “não” votaram pelo relatório do deputado Paulo Piau, que anulou essas obrigações. Ganharam por 90 votos e reformaram a principal lei florestal brasileira.
Resultado da votação
Sim: 184
Não: 274
Abstenção: 2
Total da Votação: 460
Total Quorum: 461
Orientação
PT:Sim
PMDB:Não
PSDB:Não
PSD: Não
PrPtdobPrpPhsPtcPslPrtb:Não
PsbPcdob: Liberado
PP: Liberado
DEM: Não
PDT:Não
PvPps:Sim
PTB:Não
PSC:Não
PRB:Sim
PSOL:Sim
Minoria:Liberado
GOV.:Sim

Parlamentar
UF
Voto
DEM
Abelardo Lupion PR Não
Alexandre Leite SP Não
Antonio Carlos Magalhães Neto BA Não
Augusto Coutinho PE Não
Claudio Cajado BA Não
Davi Alcolumbre AP Não
Efraim Filho PB Não
Eli Correa Filho SP Não
Fábio Souto BA Não
Felipe Maia RN Não
Jairo Ataide MG Não
João Bittar MG Não
Jorge Tadeu Mudalen SP Não
Júlio Campos MT Não
Lira Maia PA Não
Luiz Carlos Setim PR Não
Mandetta MS Não
Mendonça Filho PE Não
Mendonça Prado SE Sim
Onyx Lorenzoni RS Não
Pauderney Avelino AM Não
Paulo Cesar Quartiero RR Não
Professora Dorinha Seabra Rezende TO Não
Rodrigo Maia RJ Sim
Ronaldo Caiado GO Não
Vitor Penido MG Não
Total DEM: 26
PCdoB
Alice Portugal BA Sim
Assis Melo RS Não
Chico Lopes CE Não
Daniel Almeida BA Sim
Delegado Protógenes SP Sim
Evandro Milhomen AP Não
Jandira Feghali RJ Sim
Jô Moraes MG Sim
João Ananias CE Não
Luciana Santos PE Não
Manuela D`ávila RS Sim
Osmar Júnior PI Não
Total PCdoB: 12
PDT
André Figueiredo CE Não
Ângelo Agnolin TO Não
Brizola Neto RJ Sim
Dr. Jorge Silva ES Não
Enio Bacci RS Sim
Felix Mendonça Júnior BA Não
Flávia Morais GO Não
Giovani Cherini RS Não
Giovanni Queiroz PA Não
João Dado SP Não
Manato ES Não
Marcelo Matos RJ Sim
Marcos Medrado BA Não
Marcos Rogério RO Não
Miro Teixeira RJ Sim
Oziel Oliveira BA Não
Paulo Pereira da Silva SP Não
Reguffe DF Sim
Salvador Zimbaldi SP Não
Sebastião Bala Rocha AP Sim
Sueli Vidigal ES Não
Vieira da Cunha RS Sim
Wolney Queiroz PE Não
Zé Silva MG Não
Total PDT: 24
PHS
José Humberto MG Não
Total PHS: 1
PMDB
Adrian RJ Não
Alberto Filho MA Não
Alceu Moreira RS Não
Alexandre Santos RJ Não
Antônio Andrade MG Não
Arthur Oliveira Maia BA Não
Asdrubal Bentes PA Não
Benjamin Maranhão PB Não
Carlos Bezerra MT Não
Celso Maldaner SC Não
Danilo Forte CE Não
Darcísio Perondi RS Não
Edinho Araújo SP Não
Edinho Bez SC Não
Edio Lopes RR Não
Edson Ezequiel RJ Não
Eduardo Cunha RJ Não
Elcione Barbalho PA Sim
Eliseu Padilha RS Não
Fabio Trad MS Não
Fátima Pelaes AP Não
Fernando Jordão RJ Não
Flaviano Melo AC Não
Francisco Escórcio MA Não
Gabriel Chalita SP Não
Genecias Noronha CE Não
Gera Arruda CE Não
Geraldo Resende MS Sim
Giroto MS Não
Henrique Eduardo Alves RN Não
Hermes Parcianello PR Não
Hugo Motta PB Não
Íris de Araújo GO Não
João Arruda PR Não
João Magalhães MG Não
Joaquim Beltrão AL Não
José Priante PA Não
Júnior Coimbra TO Não
Leandro Vilela GO Não
Lelo Coimbra ES Não
Leonardo Picciani RJ Não
Leonardo Quintão MG Não
Lucio Vieira Lima BA Não
Luiz Pitiman DF Não
Manoel Junior PB Não
Marçal Filho MS Não
Marcelo Castro PI Não
Marinha Raupp RO Não
Marllos Sampaio PI Não
Mauro Benevides CE Não
Mauro Lopes MG Não
Mauro Mariani SC Não
Natan Donadon RO Não
Newton Cardoso MG Não
Nilda Gondim PB Não
Odílio Balbinotti PR Não
Osmar Serraglio PR Não
Osmar Terra RS Não
Paulo Piau MG Não
Pedro Chaves GO Não
Pedro Novais MA Não
Professor Setimo MA Não
Raul Henry PE Sim
Renan Filho AL Não
Rogério Peninha Mendonça SC Não
Ronaldo Benedet SC Não
Rose de Freitas ES Não
Sandro Mabel GO Não
Saraiva Felipe MG Não
Teresa Surita RR Não
Valdir Colatto SC Não
Washington Reis RJ Não
Wilson Filho PB Não
Wladimir Costa PA Não
Total PMDB: 74
PMN
Jaqueline Roriz DF Não
Total PMN: 1
PP
Afonso Hamm RS Não
Aline Corrêa SP Sim
Arthur Lira AL Sim
Beto Mansur SP Não
Carlos Magno RO Não
Cida Borghetti PR Não
Dilceu Sperafico PR Não
Dimas Fabiano MG Não
Eduardo da Fonte PE Sim
Esperidião Amin SC Não
Gladson Cameli AC Não
Iracema Portella PI Sim
Jair Bolsonaro RJ Não
Jeronimo Goergen RS Não
João Pizzolatti SC Não
José Linhares CE Não
Lázaro Botelho TO Não
Luis Carlos Heinze RS Não
Luiz Argôlo BA Não
Luiz Fernando Faria MG Não
Márcio Reinaldo Moreira MG Não
Mário Negromonte BA Não
Missionário José Olimpio SP Não
Nelson Meurer PR Não
Paulo Maluf SP Não
Pedro Henry MT Não
Rebecca Garcia AM Sim
Renato Molling RS Não
Roberto Britto BA Sim
Roberto Teixeira PE Não
Sandes Júnior GO Não
Simão Sessim RJ Sim
Toninho Pinheiro MG Não
Vilson Covatti RS Não
Waldir Maranhão MA Sim
Total PP: 35
PPS
Arnaldo Jardim SP Não
Arnaldo Jordy PA Sim
Augusto Carvalho DF Sim
Carmen Zanotto SC Não
Dimas Ramalho SP Sim
Roberto Freire SP Sim
Rubens Bueno PR Sim
Sandro Alex PR Não
Stepan Nercessian RJ Sim
Total PPS: 9
PR
Aelton Freitas MG Não
Anderson Ferreira PE Não
Anthony Garotinho RJ Abstenção
Aracely de Paula MG Não
Bernardo Santana de Vasconcellos MG Não
Davi Alves Silva Júnior MA Não
Dr. Adilson Soares RJ Não
Francisco Floriano RJ Não
Giacobo PR Não
Inocêncio Oliveira PE Não
Izalci DF Não
João Carlos Bacelar BA Não
Lúcio Vale PA Não
Maurício Quintella Lessa AL Não
Maurício Trindade BA Não
Milton Monti SP Não
Neilton Mulim RJ Sim
Paulo Feijó RJ Não
Paulo Freire SP Não
Tiririca SP Não
Valdemar Costa Neto SP Não
Vicente Arruda CE Não
Vinicius Gurgel AP Não
Wellington Fagundes MT Não
Wellington Roberto PB Não
Zoinho RJ Não
Total PR: 26
PRB
Acelino Popó BA Sim
Antonio Bulhões SP Sim
Cleber Verde MA Sim
George Hilton MG Sim
Heleno Silva SE Sim
Jhonatan de Jesus RR Sim
Márcio Marinho BA Sim
Otoniel Lima SP Sim
Vilalba PE Sim
Vitor Paulo RJ Sim
Total PRB: 10/p>
PRP
Jânio Natal BA Não
Total PRP: 1
PSB
Abelardo Camarinha SP Não
Alexandre Roso RS Não
Antonio Balhmann CE Não
Ariosto Holanda CE Sim
Audifax ES Sim
Domingos Neto CE Não
Dr. Ubiali SP Sim
Fernando Coelho Filho PE Sim
Givaldo Carimbão AL Sim
Glauber Braga RJ Sim
Janete Capiberibe AP Sim
Jonas Donizette SP Sim
José Stédile RS Sim
Júlio Delgado MG Sim
Keiko Ota SP Sim
Laurez Moreira TO Não
Leopoldo Meyer PR Sim
Luiz Noé RS Sim
Luiza Erundina SP Sim
Mauro Nazif RO Não
Paulo Foletto ES Sim
Romário RJ Não
Sandra Rosado RN Não
Severino Ninho PE Sim
Valtenir Pereira MT Não
Total PSB: 25
PSC
Andre Moura SE Não
Antônia Lúcia AC Não
Carlos Eduardo Cadoca PE Não
Costa Ferreira MA Não
Deley RJ Abstenção
Edmar Arruda PR Não
Hugo Leal RJ Sim
Lauriete ES Não
Leonardo Gadelha PB Não
Mário de Oliveira MG Não
Nelson Padovani PR Não
Pastor Marco Feliciano SP Não
Ratinho Junior PR Não
Zequinha Marinho PA Não
Total PSC: 14
PSD
Ademir Camilo MG Não
Armando Vergílio GO Não
Arolde de Oliveira RJ Não
Átila Lins AM Não
Carlos Souza AM Não
César Halum TO Não
Danrlei De Deus Hinterholz RS Não
Diego Andrade MG Não
Dr. Paulo César RJ Sim
Edson Pimenta BA Não
Eleuses Paiva SP Não
Eliene Lima MT Não
Fábio Faria RN Não
Felipe Bornier RJ Sim
Fernando Torres BA Não
Francisco Araújo RR Não
Geraldo Thadeu MG Não
Guilherme Campos SP Não
Guilherme Mussi SP Sim
Hélio Santos MA Não
Heuler Cruvinel GO Não
Homero Pereira MT Não
Hugo Napoleão PI Não
Irajá Abreu TO Não
Jefferson Campos SP Não
Jorge Boeira SC Não
José Carlos Araújo BA Não
José Nunes BA Não
Júlio Cesar PI Não
Junji Abe SP Não
Liliam Sá RJ Sim
Manoel Salviano CE Não
Moreira Mendes RO Não
Nice Lobão MA Não
Onofre Santo Agostini SC Não
Paulo Magalhães BA Não
Raul Lima RR Não
Reinhold Stephanes PR Não
Ricardo Izar SP Sim
Roberto Santiago SP Sim
Sérgio Brito BA Não
Silas Câmara AM Sim
Walter Tosta MG Sim
Total PSD: 43
PSDB
Alberto Mourão SP Sim
Alfredo Kaefer PR Não
Andreia Zito RJ Sim
Antonio Carlos Mendes Thame SP Não
Antonio Imbassahy BA Sim
Berinho Bantim RR Não
Bonifácio de Andrada MG Não
Bruno Araújo PE Não
Carlos Alberto Leréia GO Não
Carlos Brandão MA Não
Carlos Sampaio SP Sim
Cesar Colnago ES Sim
Domingos Sávio MG Não
Duarte Nogueira SP Não
Dudimar Paxiúba PA Não
Eduardo Barbosa MG Sim
Emanuel Fernandes SP Sim
Fernando Francischini PR Não
João Campos GO Não
Jorginho Mello SC Não
Jutahy Junior BA Sim
Leonardo Vilela GO Não
Luiz Carlos AP Não
Luiz Fernando Machado SP Sim
Luiz Nishimori PR Não
Mara Gabrilli SP Sim
Marcio Bittar AC Não
Marco Tebaldi SC Não
Marcus Pestana MG Sim
Nelson Marchezan Junior RS Não
Nilson Leitão MT Não
Otavio Leite RJ Sim
Paulo Abi-Ackel MG Não
Raimundo Gomes de Matos CE Não
Reinaldo Azambuja MS Não
Ricardo Tripoli SP Sim
Rodrigo de Castro MG Sim
Rogério Marinho RN Não
Romero Rodrigues PB Sim
Rui Palmeira AL Sim
Ruy Carneiro PB Sim
Sergio Guerra PE Não
Vanderlei Macris SP Sim
Vaz de Lima SP Sim
Walter Feldman SP Sim
Wandenkolk Gonçalves PA Não
William Dib SP Sim
Zenaldo Coutinho PA Sim
Total PSDB: 48
PSL
Dr. Grilo MG Sim
Total PSL: 1
PSOL
Chico Alencar RJ Sim
Ivan Valente SP Sim
Jean Wyllys RJ Sim
Total PSOL: 3
PT
Afonso Florence BA Sim
Alessandro Molon RJ Sim
Amauri Teixeira BA Sim
André Vargas PR Sim
Angelo Vanhoni PR Sim
Antônio Carlos Biffi MS Sim
Arlindo Chinaglia SP Sim
Artur Bruno CE Sim
Assis Carvalho PI Sim
Assis do Couto PR Sim
Benedita da Silva RJ Sim
Beto Faro PA Sim
Bohn Gass RS Sim
Cândido Vaccarezza SP Sim
Carlinhos Almeida SP Sim
Carlos Zarattini SP Sim
Chico D`Angelo RJ Sim
Cláudio Puty PA Sim
Dalva Figueiredo AP Sim
Décio Lima SC Sim
Devanir Ribeiro SP Sim
Domingos Dutra MA Sim
Dr. Rosinha PR Sim
Edson Santos RJ Sim
Erika Kokay DF Sim
Eudes Xavier CE Sim
Fátima Bezerra RN Sim
Fernando Ferro PE Sim
Fernando Marroni RS Sim
Francisco Praciano AM Sim
Gabriel Guimarães MG Sim
Geraldo Simões BA Sim
Henrique Fontana RS Sim
Iriny Lopes ES Sim
Jesus Rodrigues PI Sim
Jilmar Tatto SP Sim
João Paulo Lima PE Sim
João Paulo Cunha SP Sim
José Airton CE Sim
José De Filippi SP Sim
José Guimarães CE Sim
José Mentor SP Sim
Josias Gomes BA Sim
Leonardo Monteiro MG Sim
Luci Choinacki SC Sim
Luiz Alberto BA Sim
Luiz Couto PB Sim
Luiz Sérgio RJ Sim
Márcio Macêdo SE Sim
Marco Maia RS Art. 17
Marcon RS Sim
Marina Santanna GO Sim
Miguel Corrêa MG Sim
Miriquinho Batista PA Sim
Nazareno Fonteles PI Sim
Nelson Pellegrino BA Sim
Newton Lima SP Sim
Odair Cunha MG Sim
Padre João MG Sim
Padre Ton RO Sim
Paulo Ferreira RS Sim
Paulo Pimenta RS Sim
Paulo Teixeira SP Sim
Pedro Eugênio PE Sim
Pedro Uczai SC Sim
Policarpo DF Sim
Reginaldo Lopes MG Sim
Ricardo Berzoini SP Sim
Rogério Carvalho SE Sim
Ronaldo Zulke RS Sim
Rubens Otoni GO Sim
Sibá Machado AC Sim
Taumaturgo Lima AC Sim
Valmir Assunção BA Sim
Vander Loubet MS Não
Vanderlei Siraque SP Sim
Vicente Candido SP Sim
Vicentinho SP Sim
Waldenor Pereira BA Sim
Zé Geraldo PA Sim
Total PT: 80
PTB
Alex Canziani PR Não
Antonio Brito BA Não
Arnaldo Faria de Sá SP Não
Arnon Bezerra CE Não
Celia Rocha AL Não
Jorge Corte Real PE Não
José Augusto Maia PE Sim
Josué Bengtson PA Não
Magda Mofatto GO Não
Nelson Marquezelli SP Não
Nilton Capixaba RO Não
Ronaldo Nogueira RS Não
Sérgio Moraes RS Não
Silvio Costa PE Não
Walney Rocha RJ Não
Total PTB: 15
PTC
Edivaldo Holanda Junior MA Sim
Total PTC: 1
PTdoB
Lourival Mendes MA Não
Luis Tibé MG Não
Rosinha da Adefal AL Sim
Total PTdoB: 3
PV
Alfredo Sirkis RJ Sim
Antônio Roberto MG Sim
Dr. Aluizio RJ Sim
Henrique Afonso AC Sim
Paulo Wagner RN Sim
Penna SP Sim
Roberto de Lucena SP Sim
Rosane Ferreira PR Sim
Sarney Filho MA Sim
Total PV: 9

quinta-feira, 29 de março de 2012

A militarização da USP -USP tira professor e põe coronel da PM na chefia da segurança

Mais um passo rumo a institucionalização da Máfia. reproduzido de: Folha de SP

USP tira professor e põe coronel da PM na chefia da segurança

Nova superintendência cuidará de planos de combate à violência na Cidade Universitária e em outras unidades

Escolha servirá para dar continuidade ao convênio da direção com a polícia, cuja presença é contestada

ROGÉRIO PAGNAN
FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO
A USP decidiu contratar três coronéis da Polícia Militar para assumir o comando da segurança em todos os campi da universidade.

O anúncio das contratações deverá ser feito ainda nesta semana pelo reitor João Grandino Rodas.

Para assumir a recém-criada Superintendência de Segurança foi escolhido o coronel Luiz de Castro Júnior.

Dois outros coronéis, com nomes ainda não divulgados, serão subordinados a ele. Um será responsável pela segurança da capital e o outro das unidades do interior.

Castro Júnior foi escolhido por ter um perfil ligado ao policiamento comunitário.

Até o mês passado, ele era diretor do Departamento de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da PM paulista.

Também pesou nessa escolha o desempenho do oficial na "costura" do convênio entre USP e PM para o aumento de policiamento no campus.

A cúpula da USP viu nessa contratação uma forma de poder "afinar a sintonia" entre a guarda universitária e PM. Além de tentar evitar casos de abordagens violentas como as ocorrida neste ano.

Apesar do perfil tido como mais humanista do oficial, a escolha de um PM para assumir o controle da guarda universitária é controversa.

Isso porque parte do mundo acadêmico é contrária à presença de policiais, por entender que ela inibe as atividades educacionais e a liberdade de expressão.

Há uma parte que defende a presença de policiais em razão da falta de segurança.

MACONHA

Em maio de 2011, um aluno foi assassinado na Cidade Universitária, na zona oeste, após uma tentativa de assalto.

Ainda no ano passado, a USP fechou convênio com a PM para patrulhamento.

Logo em seguida, a prisão de três estudantes que portavam maconha desencadeou uma série de protestos contra a presença dos policiais.

A reitoria chegou a ser invadida -acabou desocupada pela Tropa de Choque.

Parte dos alunos da universidade fez greve que se estendeu até o início deste ano.

De acordo com pesquisa divulgada pela Folha ano passado, 58% dos alunos entrevistados em 28 unidades dizem apoiar o policiamento.

REUNIÕES

Castro Júnior tem se reunido com à instituições ligadas à segurança pública. Esses contatos são vistos por alguns com um pedido de apoio caso de haja grande rejeição dos acadêmicos à indicação de um militar ao cargo.

A coordenação da segurança nos campi era feita pelo professor Adilson Carvalho.

O coronel Castro terá uma superintendência com orçamento próprio para reforçar e aumentar a estrutura da segurança nos campi. A USP tem reservado cerca de R$ 10 milhões para modernização de sua guarda e compra de equipamento, como câmeras.

Oficialmente, o órgão criado em fevereiro passado deverá "planejar, implantar e manter todas as atividades de interesse comum relacionadas à segurança patrimonial e pessoal" da escola.

Procurada, a assessoria de imprensa da USP disse que só hoje poderia passar informações sobre a escolha de militares para o órgão.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Crime de Estado! Máfia PM, PCC e Governo! e agora, josé (serra)?



Máfia, alguém tinha dúvidas? ao relegarmos nossa soberania e tanto poder à duas classes tão corruptíveis quanto à política e a política?

e agora José?

terça-feira, 27 de março de 2012

MASSACRE DE SEM TERRA NO TRIÂNGULO MINEIRO

MASSACRE DE SEM TERRA NO TRIÂNGULO MINEIRO exatamente no dia em que celebramos 32 anos do assassinato/martírio do arcebispo dom Oscar Romero, 24/03/2012.
Três lideranças do Movimento Sem Terra são assassinadas em Uberlândia, Minas Gerais.
Cf., abaixo, Nota do movimento de Libertação dos Sem Terra - MLST.

MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO DOS SEM TERRA - MLST

O MLST DENUNCIA O ASASSINATO DE TRÊS LIDERANÇAS NO TRIANGULO MINEIRO

Ontem, dia 24/03/2012, os companheiros Valdir Dias Ferreira, 40 anos e Milton Santos Nunes da Silva, 52 e a companheira Clestina Leonor Sales Nunes, 48, membros da Coordenação Estadual do MLST no Estado de Minas Gerais, foram executados na rodovia MGC-455, a dois quilômetros de Miraporanga, distrito de Uberlândia. O bárbaro crime aconteceu na presença de uma criança de 5 anos.
Os companheiros e a companheira eram acampados na Fazenda São José dos Cravos, no município do Prata, Triangulo Mineiro/MG. A Usina Vale do Tijuco (com sede na cidade de Ribeirão Preto/SP) entrou com pedido de reintegração de posse apenas com um contrato de arrendamento. Diversas usinas vem implementando na região o monocultivo da cana de açúcar, trabalho degradante e o uso intensivo de agrotóxico e destruição do meio ambiente.
Essa área foi objeto de audiência no último dia 8 de março de 2012, não havendo acordo entre as partes. Dezesseis dias depois da Audiência as três lideranças que tinham uma expressiva atuação na luta pela terra na região e eram coordenadoras do acampamento foram assassinadas.
Trata-se de mais um crime agrário, executado pelo tão endeusado Agronegócio onde a vida e o direito de ir e vir não são respeitados. A impunidade e a ausência do Estado de Direito na região vem causando o aumento da violência e da tensão social.
Os nomes dos companheiros Ismael Costa, Robson dos Santos Guedes e Vander Nogueira Monteiro estão na lista de morte. Solicitamos imediatamente do Governo do Estado de Minas Gerais e da Política Federal proteção às lideranças ameaçadas. Não podemos mais ficar chorando a perda de pessoas, a obrigação do Estado é garantir o direito a vida de sua população, independente de classe social, cor e raça.
Por tudo isso, O MLST reivindica aos Governos Federal e Estadual a constituição imediata de uma Força Tarefa na região do Triangulo Mineiro com a participação efetiva da Ouvidoria Agrária Nacional do MDA, INCRA, Secretaria Especial de Direitos Humanos, Secretaria da Presidência da República, Ministério da Justiça, Polícia Federal e o Promotor Agrário de Minas Gerais, Dr. Afonso Henrique.
Reivindicamos o assentamento imediato das famílias acampadas na região do Triangulo Mineiro.
Por fim, exigimos a prisão imediata dos fazendeiros mentores intelectuais dos assassinatos, bem como dos executores. Basta de Impunidade. Basta de Violência.
O MLST presta sua última homenagem aos três dirigentes do Movimento no Triangulo Mineiro, clama por justiça e reafirma seu compromisso na luta pela democratização da terra para construir um País mais justo e igualitário.
Viva Clestina Leonor Sales Nunes!
Viva Valdir Dias Ferreira!
Viva Milton Santos Nunes da Silva!

Uberlândia, 24 de março de 2012

Coordenação Nacional do MLST

Frei Gilvander: "Nossa solidariedade às famílias de Clestina, Valdir e Milton, mártires na luta pela reforma agrária. Nosso apoio à luta justa, necessária e sublime pela libertação da mãe terra. Que os jagunços e mandantes sejam presos, julgados e condenados! Não realizar reforma agrária é condenadar os filhos da terra à cruz. O agronegócio cresce às custas do sangue dos trabalhadores e da vida a biodiversidade. Enganam-se os que querem impedir a bala a reforma agrária. O MST cresceu muito após o massacre de Eldorado dos Carajás em 17/04/1996. O MLST se fortalecerá também. Se matam lutadores, muitos outros surgirão para fortalecer a luta. Que o sangue de Clestina, Valdir e Milton - semeado na terra antes do tempo - circule em nossas artérias. Continuaremos a luta deles. Pátria livre! Venceremos!"

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Agrotóxico, pimentão e suco de laranja

23 de fevereiro de 2012

Nos últimos quatros anos, o Brasil se tornou o maior mercado de pesticidas
José Agenor Álvares da Silva

A celeuma sobre a presença de resíduos de agrotóxicos no suco de laranja brasileiro, colocado em dúvida pelas autoridades sanitárias dos Estados Unidos, é emblemática para a discussão sobre a contaminação de alimentos por esses produtos. A presença irregular de resíduos de agrotóxicos em produtos agrícolas destinados à exportação implica em prejuízo para o agricultor brasileiro, com a devolução ou destruição do produto pelo país importador.

O agrotóxico, por definição, é um produto aplicado para matar e a linha que separa os efeitos benéficos de eliminar uma praga e os efeitos maléficos, que podem levar um ser humano à morte, é muito tênue. Por isso, esses produtos químicos têm alvos biológicos e mecanismos de ação bem definidos.

Só são autorizados se forem eficazes no combate a pragas específicas, sem destruir o alimento tratado, nem deixar resquícios em quantidades tóxicas para os consumidores. Isso porque os agrotóxicos estão associados ao desenvolvimento de alterações hormonais, de doenças do sistema nervoso central, de doenças respiratórias, de lesões hepáticas, de câncer e tantas outras enfermidades graves identificadas nos ensaios realizados em animais de laboratório e em culturas de células e tecidos. Tais ensaios têm constituído um excelente mecanismo para impedir possíveis agravos, prevalecendo-se das similaridades entre processos biológicos bem selecionados.

Dúvida sobre a eficiência da Anvisa em avaliar a qualidade dos alimentos traz uma distorção dos fatos

Nos últimos quatro anos, segundo dados das próprias indústrias do setor, o Brasil assumiu o posto de maior mercado de agrotóxicos do mundo. Mesmo assim, o caminho a ser percorrido para alcançarmos os níveis de controle que os países desenvolvidos exercem sobre essas substâncias ainda é muito longo.

Nesse cenário, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina o limite máximo de resíduos de agrotóxicos em alimentos e a quantidade total de cada agrotóxico que pode ser ingerido diariamente pelas pessoas, sem que haja risco para sua saúde. São esses os parâmetros avaliados pelo tão criticado Programa de Avaliação de Resíduos de Agrotóxicos da agência.

O programa funciona a partir da coleta de amostras de alimentos pelas vigilâncias sanitárias dos Estados e municípios em supermercados. Depois de coletados, os alimentos são encaminhados para laboratórios, onde se verifica a quantidade de resíduos de agrotóxicos em cada uma das amostras.

Entretanto, um movimento silencioso, com a sutileza de fazer inveja ao estouro de uma manada de elefantes, tenta, cotidianamente, desqualificar os resultados do programa. A dúvida sobre a avaliação de resíduos de agrotóxicos em alimentos, que é publicada anualmente pela Anvisa, traz uma notável distorção e desinformação dos fatos, com flagrante desrespeito ao mesmo tempo à lei e à ciência.

As atividades da Anvisa, nesse campo, têm o compromisso da transparência de seus atos em respeito à sociedade e no cumprimento de seu mandato de proteger a saúde humana com base na legislação nacional e nos conhecimentos científicos e tecnológicos mais
atualizados da comunidade científica internacional.

As referências para a conformidade dos parâmetros medidos são divulgadas em rótulos e bulas e na página na internet dos organismos registradores de agrotóxicos: Ministério da Agricultura, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Anvisa. São os mesmos procedimentos praticados pelos países desenvolvidos, muitos dos quais abrigam as matrizes das indústrias de agrotóxicos, que estão instaladas no Brasil.

A segurança da qualidade dos alimentos se baseia nos conhecimentos científicos e na observação dos efeitos tóxicos, agudos e crônicos que os resíduos de agrotóxicos podem gerar nas pessoas. Se o responsável pela emissão da receita agronômica ou o próprio agricultor utilizar um agrotóxico em um alimento para o qual aquele produto não foi autorizado, o ato se qualifica como ilegal e a ingestão diária segura pode ser ultrapassada. Isso resultará em prováveis danos à saúde do próprio agricultor e do consumidor.

Os efeitos agudos dos agrotóxicos aparecem nos trabalhadores rurais que os manipulam (preparadores de calda e aplicadores) e em pessoas que vivem ou trabalham nas imediações das áreas tratadas. A literatura científica constata que as doenças crônicas ocorrem em pessoas que se expõem a pequenas doses durante um tempo prolongado, como no caso de consumidores que ingerem alimentos com pequena quantidade de agrotóxico por um longo período de tempo.

Como agência reguladora da saúde, a Anvisa tem a obrigação de divulgar as informações sobre os riscos relativos à exposição a agrotóxicos. Essa informação é uma poderosa ferramenta de cobrança para que os atores envolvidos adotem medidas de correção dos problemas diagnosticados.

A Anvisa não compactua com atores que, irresponsavelmente, estimulam a omissão dos dados com o intuito de desacreditar toda a cadeia envolvida na avaliação dos resíduos de agrotóxico. Não dá para a volta da velha política de o bom a gente mostra e o ruim a gente esconde. Esse tipo de omissão só favorece aqueles cuja atuação, neste campo, se caracteriza pela política do avestruz e pelo não cumprimento da legalidade, que é o princípio fundamental em um estado democrático e de direito.

O respeito aos consumidores, em qualquer parte do mundo, é dever dos estados nacionais. Por isso, a Anvisa busca sempre aprimorar os instrumentos de avaliação dos agrotóxicos e de seus resíduos nos alimentos, para que não haja diferença entre os produtos levados à mesa do consumidor brasileiro e aqueles destinados à exportação. Os direitos do consumidor são atributos de cidadania e respeitá-los não é nenhum ato de favor ou concessão das autoridades públicas. É, isto sim, reconhecimento de uma conquista histórica da sociedade brasileira.

José Agenor Álvares da Silva é diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2007 e foi ministro da Saúde entre 2006 e 2007

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

[RUSIA] Asesinaron al anarquista antifascista Nikita Kalin

fonte:  alasbarricadas (aqui)
Samara, Rusia

A las 06.30 de la mañana del 9 de febrero, un portero encontró en la zona circundante del instituto FIAN el cadáver de Nikita Kalin, nacido en 1991. La policía llegó al lugar a las 08.00 y a las 11.00 informó a la madre del asesinato del compa. Nikita fue apuñalado 61 veces, además de que sus costillas tenían varias fracturas y su cabeza también presentaba heridas. Lxs asesinxs no habían robado nada. Por el momento, la policía ha detenido a un sospechoso, cuya ropa tenía manchas de la sangre de Nikita.

Es obvio que Nikita fue atacado por un grupo, mientras que la policía informó a su madre, de manera no oficial, que el sospechoso bajo arresto es un neonazi y que no van a dar más info sobre lxs otrxs sospechosxs. A parte de la ferocidad del asesinato, la policía no ha interrogado todavía la madre de Nikita ni a su amigx, quien fue la última persona que lo vio. Por ello, se sospecha que se intentará cubrir el caso, como ocurre frecuentemente en Rusia. No obstante, el sospechoso ya ha contratado un abogado.

Se teme que la investigación de la policía se está desarrollando en favor de los intereses del arrestado, así que se necesita todo el apoyo posible.  Actualmente, una organización de derechos humanos ha ofrecido apoyo jurídico facilitando un abogado, pero se necesita todavía dinero para los gastos del funeral.

Nikita provenía de una sencilla familia de trabajadorxs y no escondió jamas sus ideas antifascistas y anarquistas. Si queréis ayudar a lxs amigxs y la familia en la recaudación del dinero necesario para el funeral, se puede hacer a través de la Cruz Negra Anarquista de Moskú, aquí.

EN PUGNA EMERGENTES Y TRADICIONALISTAS

fonte: ELN (aqui)

Las maromas del ex-comisionado de Paz Luís Carlos Restrepo, al considerarse perseguido político, es el reflejo de la pugnacidad entre la fracción oligárquica de la clase emergente,

que gobernó a Colombia durante 8 años bajo la mano de hierro del presidente Uribe, con los votos conseguidos a punta de plomo y motosierras, y la fracción oligárquica tradicionalista que ahora representa el presidente Santos.

Pero Tanto Restrepo, como María del pilar Hurtado, no son mas que los capos de nivel medio de la oligarquía mafiosa, porque su cerebro ayer como hoy sigue siendo el ex-presidente Uribe, que sigue sacando la cabeza, para atravesársele a la justicia con la que libró enconadas batallas en sus dos mandatos presidenciales, cuando sus funcionarios no fueron dóciles a su ilegalidad.

Ahora el Presidente Santos, tiene que enfrentarse con su antiguo jefe, que no se resigna a que la justicia lo vaya a rondar, razón por la cual enfiló su caballería con una estrategia de oposición beligerante.

En los marcos de un régimen  leguleyo como el colombiano, las mafias y los corruptos legalizan constantemente sus fortunas, dejan en la impunidad sus crímenes y burlan de manera flagrante una justicia que no escapa a este estado de descomposición en las esferas del Estado.

El ex-presidente Uribe y el presidente Santos como hábiles políticos de carrera, manejan muy bien estas técnicas para su beneficio personal y para el desarrollo de sus caudas políticas, de modo que el país asiste  a una  confrontación de dos gallos de pelea que se dan espuela en público a la vez que comen del mismo plato.

Pero aun así, el Ex-presidente Uribe, no se confía, la gravedad de varias de  sus conductas ilegales y mafiosas como miembro de la Aericivil, gobernador de Antioquia y presidente de Colombia, en medio de escándalos públicos, volaron mucho más allá de las fronteras y se fueron para el Norte, desde donde pueden venir presiones para que se aclaren crímenes execrables cometidos en sus dos periodos de gobierno, contra sindicalistas y defensores de Derechos Humanos entre otros, que reposan como  abultados prontuarios delictivos, donde el ex-mandatario es autor intelectual.

Los temores de Uribe no son infundados, él sabe que el Estado gringo “no tiene amigos sino intereses” y que como en los casos de Zomoza, Fugimori y Pinochet, la liebre puede saltar de un momento a otro.

Por ello su estrategia política de opositor, le dan espacio para recurrir, si lo viera necesario, al asilo político y fungir como victima, tal como lo ha orientado en los casos de personajes oscuros como M. del Pilar Hurtado y el ex-comisionado Restrepo.

Y mientras estas estériles luchas intestinas, se visibilizan  en las altas esferas oligárquicas de Colombia, el gobierno les saca partido como manera de invisibilizar verdaderas problemáticas en que se debaten los trabajadores de la industria a quienes la modernización laborar neoliberal, les arrebató sus derechos y los arrastró a las filas de los tercerizados.

Se invisiviliza el estado de guerra a que se somete a los pequeños y medianos mineros pretextando su actividad ilegal, cuando el fondo de la persecución oficial, tiene como finalidad la entrega de los recursos nacionales a las transnacionales saqueadoras.

Como estos ejemplos, muchos otros que son el pan de cada día, de la lucha y la protesta social, reprimida y criminalizada, mientras los de arriba evaden la justicia, recurriendo a la politiquería y la tramoya.

Es necesario reiterar, que en Colombia, solo habrá justicia verdadera y superación de la impunidad, cuando las inmensas mayorías del pueblo y la nación, se gobiernen así mismas y se supere esta larga noche, en que una minoría acaudalada, impone sus designios por la vía de la explotación y sumisión económica y política, la manipulación mediática, y el terrorismo de Estado.

Mientras llega ese momento, solo queda el camino de la lucha popular y revolucionaria, que haga valer los intereses del pueblo y la nación, para alcanzar la justicia y equidad social, la democracia y la paz para  Colombia.

China da la espalda a Irán

Irán se ve amenazado por la reducción de sus ventas de petróleo. La compañía china Unipec, filial de Sinopec, planea reducir las compras de crudo de la república islámica, informa Reuters, citando fuentes anónimas.
petroleo-2012-copie-1.jpgEl mercado esperaba acciones diametralmente opuestas: que China aumentase el volumen de las importaciones de petróleo procedentes de Oriente Medio mientras los europeos tratan de privar a Irán de divisa por medio de su embargo.

El gigante asiático está utilizando los mecanismos a su alcance para hacer bajar los precios y no tiene prisa por concluir este año un acuerdo con Teherán sobre los suministros.

Sin embargo, incluso si el volumen se redujese, China continuaría siendo el primer importador de materias primas iraníes. Solo en el año pasado las compras aumentaron un 30%, a 555 000 barriles diarios. China únicamente adquiere más petroleo en Arabia Saudita y Angola.

A pesar de que la prohibición de la compra de petróleo iraní en la Unión Europea entra en plena vigencia el 1 de julio, Teherán ya siente la escasez de divisas. Irán intenta adelantarse a las posibles medidas y se declara dispuesto a cortar el flujo de petróleo a Europa sin esperar las fechas designadas para que los consumidores europeos no tengan tiempo para encontrar a nuevos proveedores. La república islámica ya cortó el flujo de petróleo a Francia y Gran Bretaña. España, Italia, Grecia, Portugal, Países Bajos y Alemania son los siguientes en la cola.-