quinta-feira, 23 de setembro de 2010

APELO DE ANARQUISTAS GREGOS PARA UMA JORNADA INTERNACIONAL DE APOIO AOS COMPANHEIROS PRESOS NO CHILE ( 24 de Setembro)


Respondendo ao convite para a Solidariedade Internacional para com os companheiros perseguidos e rebeldes do Chile, apelamos a todos e todas
ao redor do mundo para expressarem sua solidariedade e em Atenas,
convidar para
Acção de Solidariedade
na sexta-feira, 24 de Setembro às 17:00
Junto à Embaixada do Chile (Bas. Sofias 25)
Comunicado
A paixão pela liberdade não tem fronteiras
O mesmo acontece com a solidariedade
Em 14 Agosto de 2010 o Estado chileno, através do promotor público especial Alejandro Pena, iniciou uma campanha de repressão sobre os rebeldes do Chile, com o nome de código de "Salamandra".
Com invasões simultâneas em espaços sociais, em espaços autónomos e em dezenas de residências, em todo o país, 14 pessoas foram detidas e levadas para a delegacia de Nunoa.
No dia seguinte, eles foram presentes aos tribunais de Santiago e acusados de mais de 100 ataques à bomba realizados, nos últimos anos, em todo o Chile. A assembleia que se reuniu em frente do Palácio da Justiça numa manifestação de solidariedade foi violentamente reprimida e 40 pessoas foram detidas.
Com a ajuda unânime dos mídia de massas, criando um clima negativo contra os presos e presas, e sem provas reais contra eles, o tribunal de Santiago determinou que oito dos 14 seriam mantidos em custódia até ao julgamento.
Os outros seis foram libertados com medidas restritivas: proibidos de deixar o país, de se comunicar uns com os outros, de visitar os presos ou os centros sociais e okupações que a polícia havia invadido, para além da obrigatoriedade de se apresentarem às autoridades locais a cada semana.
Os homens foram levados para C.A.S., prisão de segurança máxima, e as mulheres para o Centro de Orientação Feminina, todos em regime solitário.
Na segunda-feira, 6 de Setembro, mais 2 pessoas foram detidas no contexto do espetáculo “caso bombas".
Ao longo dos últimos anos, a fachada democrática do Estado chileno, sob o pretexto do desenvolvimento da economia, tem circunscrito cada vez mais direitos sociais e sindicais e vendido enormes porções de terras a empresas multinacionais (Benetton) e à exploração florestal, pecuária, indústrias e turismo, principalmente ao sul, expulsando violentamente os povos originários Mapuche da sua terra ancestral.
Nos territórios mapuche os grupos paramilitares de direita, financiados por latifundiários ricos, tornam-se ativos e aterrorizam e assassinam as pessoas que escolhem por resistirem aos planos do dominante.
Surgem conflitos e dezenas de rebeldes e comuneiros mapuche são detidos e encarcerados. Mais de 400 pessoas estão aguardando julgamento, a maioria deles são agricultores lutando para recuperar a terra que no passado foi roubada pelo exército chileno e está agora nas mãos de multinacionais madeireiras e empresas de energia.
Além disso, desde 2009, uma lei especial "anti-terrorista", lei da época da ditadura de Pinochet, foi reativada a fim de reprimir a onda recente de ataques e conflitos no sul do país, dos quais o povo mapuche é acusado. A controversa lei triplica as penas por fogo posto e ocupações de terra e já usada 16 vezes nos últimos 10 anos. Em meados de Julho, presos políticos mapuche iniciaram uma greve de fome (pouco depois, por meio de ordem judicial eles foram forçados a manutenção obrigatória) e já em Setembro, eles foram acompanhados por menores presos, lutando pela libertação dos presos políticos e o fim da sua acusação.
Com as desigualdades sociais a agravarem-se, os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres ficam cada vez mais pobres, a resistência social no Chile vai fortalecendo a cada demonstração e irrompe em conflito, enquanto, paralelamente, há ataques com bombas contra o Estado e empresas alvo.
No contexto desta agitação social, a caça às bruxas contra os anarquistas / companheiros libertários é posta em acção sendo considerados responsáveis pelos conflitos e bombardeios, sem que haja nenhuma outra evidência de sua atuação efetiva nas lutas sociais,
A partir do comunicado conjunto do Espaço Social Autónomo e Biblioteca Libertária Jonny Cariqueo e do Espaço Social Ocupado La bikepunk Crota e Biblioteca Vanzetti:
"Nós somos o alvo escolhido para cobrir a tragédia do 33 mineiros e suas famílias, vítimas da exploração dos poderosos, e a greve de fome dos companheiros Mapuche que lutam por suas terras”.
"A fabricação política e jurídica é evidente, a construção de uma organização ilegal “terrorista" com líderes, é esquizofrénica. Nós, anti--autoritários e anarquistas, não acreditamos nem obedecemos a hierarquias, a ordens muito menos.
Aquilo que o promotor Pena denomina “financiamento do terrorismo” é chamado de solidariedade internacional. O que a polícia chama de "centros de poder" são lugares em que bibliotecas são construídas e o povo é incentivado a enfrentar a realidade atual de exploração e obviamente lugares onde as relações sociais são construídas longe de comercialização, baseadas em valores como a solidariedade, as relações horizontais, apoio-mútuo e auto-gestão."
Respondendo ao apelo para a Solidariedade Internacional para com os companheiros rebeldes,, perseguidos no Chile, apelamos às pessoas ao redor do mundo, para expressarem a sua solidariedade e, em Atenas, convidamos para uma Acção de Solidariedade, na sexta-feira, 24 de Setembro, 17.00,
junto à Embaixada do Chile (Bas. Sofias 25)
NADA ACABOU tudo continua!
A solidariedade é uma arma poderosa!
LIBERDADE AOS REBELDES CHILENOS!
E a todos/as os/as prisioneiros
da GUERRA DE CLASSES!
Assembleia de Solidariedade e Assembleia Aberta ods Anarquistas para um Movimento Polimórfico Unido
Atenas, Grécia.
FONTES: supporting Anarchists from Greece

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