quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Pronostican crecimiento de la economía venezolana para 2011



Para el próximo año la economía venezolana experimentará una recuperación que se verá reflejada en dos por ciento de crecimiento a pesar de la baja que se registró en este 2010, según estimó el presidente del Instituto Nacional de Estadísticas (INE), Elías Eljuri.
El funcionario señaló que la nación suramericana se encuentra a la salida de una crisis, por lo que aseguró que algunos índices reportarán mejoría en 2011.
Entre el tercer trimestre del año pasado y el mismo período de este 2010 se evidencia una  recuperación del 0,4 por ciento, de acuerdo al análisis de Eljuri, por lo que considera que para los tres últimos meses la economía del país cerrará con saldo positivo.
El titular del INE, en declaraciones a la estatal Venezolana de Televisión (VTV), recordó que en el año 2002, cuando se desarrolló el golpe de Estado y el paro petrolero convocado por la oposición, la economía venezolana bajó más de ocho puntos porcentuales y meses después registró un restablecimiento 19 trimestres consecutivos.
Asimismo, Eljuri sostuvo que "la demanda agregada interna, la cual disminuyó el año pasado 10,9 por ciento reporta un crecimiento de 4,1 por ciento".
Eljuri comentó también que el Gobierno venezolano ha destinado en la última década más de 300 millones de dólares a la inversión social, estrategia que ha funcionado arrojando resultados favorables a pesar de la crisis económica mundial de 2008.
Dijo que ante la emergencia que vivió el país por las fuertes precipitaciones del pasado noviembre, se pusieron en marcha algunas políticas de inversión en el sector de la vivienda, lo que permitirá a su juicio una reactivación de la industria de la construcción y que será favorable en el repunte de la economía.
Al respecto, Eljuri reconoció que esa situación permitirá el mejoramiento de la calidad de vida de los venezolanos que habitaban espacios indignos y expuestos al peligro de las lluvias.
"Con las fuertes precipitaciones afloraron una serie de problemas, pero también oportunidades para mejorar la calidad de vida de la población, a la que se le ofrece una solución de integral que incluye puestos de trabajo", añadió.
Sobre el tema del desempleo, el funcionario explicó que los índices se mantuvieron invariables ubicándose en ocho por ciento. No obstante, aseveró que para el venidero año ese porcentaje disminuirá.
Resaltó además la disminución en este año de los indicadores de pobreza extrema en el país en relación al 2009.
Para el 2011, el presidente del INE recordó que entre los planes del Gobierno venezolano se encuentra mantener las políticas en inversión social.

teleSUR-Pl/dg-MFD

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Manifestação Pública de Organizações de Direitos Humanos sobre os acontecimentos no Alemão e na Vila Cruzeiro

Manifestação Pública de Organizações de Direitos Humanos sobre os acontecimentos no Alemão e na Vila Cruzeiro


Há três semanas, as favelas do Alemão e da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, se tornaram o palco de uma suposta “guerra” entre as forças do “bem” e do “mal”. A “vitória” propagada de forma irresponsável pelas autoridades – e amplificada por quase todos os grandes meios de imprensa – ignora um cenário complexo e esconde esquemas de corrupção e graves violações de direitos que estão acontecendo nas comunidades ocupadas pelas forças policiais e militares. Mais que isso, esta perspectiva rasa – que vende falsas “soluções” para os problemas de segurança pública no país – exclui do debate pontos centrais que inevitavelmente apontam para a necessidade de profundas reformas institucionais.


Desde o dia 28 de novembro, organizações da sociedade civil realizaram visitas às comunidades do Alemão e da Vila Cruzeiro, onde se depararam com uma realidade bastante diferente daquela retratada nas manchetes de jornal. Foram ouvidos relatos que denunciam crimes e abusos cometidos por equipes policiais. São casos concretos de tortura, ameaça de morte, invasão de domicílio, injúria, corrupção, roubo, extorsão e humilhação. As organizações ouviram também relatos que apontam para casos de execução não registrados, ocultação de cadáveres e desaparecimento.


Durante o processo, a sensação de insegurança e medo ficou evidente. Quase todos os moradores demonstraram temor de sofrerem represálias e exigiram repetidamente que o anonimato fosse mantido. E foi assim, de forma anônima, que os entrevistados compartilharam a visão de que toda a região ocupada está sendo “garimpada” por policiais, no que foi constantemente classificado como a “caça ao tesouro” do tráfico.


A caça ao tesouro


É um escândalo: equipes policiais de diferentes corporações, de diferentes batalhões, se revezam em busca do dinheiro, das jóias, das drogas e das armas que criminosos teriam deixado para trás na fuga; em lugar de encaminhar para a delegacia tudo o que foi apreendido, as equipes estão partilhando entre elas partes valiosas do “tesouro”. Aproveitando-se do clima de “pente fino”, agentes invadem repetidamente as casas e usam ameaças e técnicas de tortura como forma de arrancar de moradores a delação dos esconderijos do tráfico. Não bastasse isso, praticam a extorsão e o roubo de pequenas quantias e de telefones celulares, câmeras digitais e outros objetos de algum valor.


Apesar deste quadro absurdo, o governo do estado do Rio de Janeiro tenta mais uma vez esvaziar e desviar o debate, transformando um momento de crise em um momento triunfal das armas do Estado. Nem as denúncias que chegaram às páginas de jornais – como, por exemplo, as que apontam para a fuga facilitada de chefes do tráfico – foram respondidas e investigadas. Independente disso, os relatos que saem do Alemão e da Vila Cruzeiro escancaram um fato que jamais pode ser ignorado na discussão sobre segurança pública no Rio de Janeiro: as forças policiais exercem um papel central nas engrenagens do crime. Qualquer análise feita por caminhos fáceis e simplificadores é, portanto, irresponsável. E muitas vezes, sem perceber, escorregamos para estas saídas.


Direcionar a “culpa” de forma individualizada, por exemplo, e fazer a separação imaginária entre “bons” e “maus” policiais é uma das formas de se esquivar de debates estruturais. Penalizar o policial não altera em nada o cenário e não impede que as engrenagens sigam funcionando. Nosso papel, neste sentido, é avaliar os modelos políticos e as falhas do Estado que possibilitam a perversão da atividade policial. Somente a partir deste debate será possível imaginar avanços concretos.


Diante do panorama observado após a ocupação do Alemão, as organizações de direitos humanos cobram a responsabilidade dos Governos e exigem que o debate sobre a reforma das polícias seja retomado de forma objetiva. Nossa intenção aqui não é abarcar todos os muitos aspectos desta discussão, mas é fundamental indicarmos alguns aspectos que achamos essenciais.


Falta de transparência e controle externo


A falta de rigor do Estado na fiscalização da atuação de seus agentes, a falta de transparência nos dados de violência, e, principalmente, a falta de controle externo das atividades policiais são fatores que, sem dúvida, facilitam a ação criminosa de parte da polícia – especialmente em comunidades pobres, distantes dos olhos da classe média e das lentes da mídia. E os acontecimentos das últimas semanas realmente nos dão uma boa noção de como isso acontece.


Apesar dos insistentes pedidos de entidades e meios de imprensa, até hoje, não se sabe de forma precisa quantas pessoas foram mortas em operações policiais desde o dia 22. Não se sabe tampouco quem são esses mortos, de que forma aconteceu o óbito, onde estão os corpos ou, ao menos, se houve perícia, e se foi feita de modo apropriado. A dificuldade é a mesma para se conseguir acesso a dados confiáveis e objetivos sobre número de feridos e de prisões efetuadas. As ações policiais no Rio de Janeiro continuam escondidas dentro de uma caixa preta do Estado.


Na ocupação policial do Complexo do Alemão em 2007, a pressão política exercida por parte deste mesmo coletivo de organizações e movimentos viabilizou, com a participação fundamental da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, um trabalho independente de perícia que confirmou que grande parte das 19 mortes ocorridas em apenas um dia tinham sido resultado de execução sumária. Foram constatados casos com tiros à queima roupa e pelas costas, disparados de cima para baixo, em regiões vitais, como cabeça e nuca. Desta vez, não se sabe nem quem são, quantos são e onde estão os corpos dos mortos..


Para que se tenha uma ideia, em uma favela do Complexo do Alemão representantes das organizações estiveram em uma casa completamente abandonada. No domingo, dia 28, houve a execução sumária de um jovem. Duas semanas depois, a cena do homicídio permanecia do mesmo jeito, com a casa ainda revirada e, ao lado da cama, intacta, a poça de sangue do rapaz morto. Ou seja, agentes do Estado invadiram a casa, apertaram o gatilho, desceram com o corpo em um carrinho de mão, viraram as costas e lavaram as mãos. Não houve trabalho pericial no local e não se sabe de nenhuma informação oficial sobre as circunstâncias da morte. Provavelmente nunca saberemos com detalhes o que de fato aconteceu naquela casa.


“A ordem é vasculhar casa por casa...”


Por outro lado, o próprio Estado incentiva o desrespeito às leis e a violação de direitos quando informalmente instaura nas regiões ocupadas um estado de exceção. Os casos de invasão de domicílio são certamente os que mais se repetiram no Alemão e na Vila Cruzeiro. Foi o próprio coronel Mario Sérgio Duarte, comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, quem declarou publicamente que a “ordem” era “vasculhar casa por casa”, insinuando ainda que o morador que tentasse impedir a entrada dos policiais seria tratado como suspeito. Mario Sérgio não apenas suprimiu arbitrariamente o artigo V da Constituição, como deu carta-branca à livre atuação dos policiais.


Em qualquer lugar do mundo, a declaração do coronel seria frontalmente questionada. Mas a naturalidade com que a fala foi recebida por aqui reflete uma construção histórica que norteia as ações de segurança pública do estado do Rio de Janeiro e que admite a favela como território inimigo e o morador como potencial criminoso. Em comunidades pobres, o discurso da guerra abre espaço para a relativização e a supressão dos direitos do cidadão, situação impensável em áreas mais nobres da cidade. De fato, a orientação das políticas de sucessivos governos no Rio de Janeiro tem sido calcada em uma visão criminalizadora da pobreza.


Em meio a esse caldo político, as milícias formadas por agentes públicos – em especial por policiais – continuam crescendo, se organizando como máfia por dentro da estrutura do Estado e dominando cada vez mais bairros e comunidades pobres no Rio de Janeiro. No Alemão e na Vila Cruzeiro, comenta-se que parte das armas desviadas por policiais estaria sendo incorporadas ao arsenal destes grupos. Especialistas avaliam com bastante preocupação a forma como o crime está se reorganizando no estado.


Mas isto continua tendo importância secundária na pauta dos Governos. De olhos fechados para os problemas estruturais do aparato estatal de segurança, seguem apostando em um modelo militarizado que não é direcionado para a desarticulação das redes do crime organizado e do tráfico de armas e que se mostra extremamente violento e ineficaz.


Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 2010


Assinam:

Justiça Global

Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência

Conselho Regional de Psicologia – RJ

Grupo Tortura Nunca Mais - RJ

Instituto de Defensores de Direitos Humanos

Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis





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http://www.eticaecompromissosocial.org




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http://www.eticaecompromissosocial.org


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Fernando Luiz
--

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

JOHN

Newsletter Nômade

Caras e Caros,
mais uma edição da Newsletter Nômade
Tinhamos previsto para hoje o texto de Miguel Lanzellotti Baldez AUTO DE NATAL.
O enviamos aqui embaixo (3)

Contudo, recebemos um e-mail hoje de manhâ da urbanista Fatima Tardin (1), com um texto de denuncia (2)da Pastoral de Favelas de mais uma ação "natalina" da Prefeitura Municipal do Rio: Segue aqui:

(1) Aqui no Rio, está difícil deixar o espírito natalino prevalecer!!
Segue mais um depoimento, agora, de um companheiro da
Pastoral de Favelas
Os governantes não dão trégua!
Fátima Tardin
Arquiteta e Urbanista
Mestre em Direito da Cidade

(2) Assunto: Mais uma remoção sumária, arfbitrária e ilegal.
De:      "Luiz severino da silva Silva"
Data:    Qui, Dezembro 23, 2010 3:42 pm
Para:
     Representando a Pastoral de Favelas, estive, nesta última 3a. feira,às
20:00h., juntamente com companheiros do Conselho Popular,Movimento União
Popular (MUP), Rede contra a Violência, lideranças comunitárias e defensores
públilcos do núcleo de terra e habitação, em reunião com moradores de
uma comunidade
em Guaratiba, Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro, onde está ocorrendo
mais uma remoção de famílias com demolição de casas, sem um mínimo de diálogo e
informação às pessoas que ali moram. Ouvimos dos moradores, barbaridades
praticadas por agentes da prefeitura, comandados pelo subprefeito da Região.
Esses agentes chegam de surpresa aterrorizando os moradores dizendo em tom
arrogante e assustador que desocupem imediatamente a casa porqaue a draga já
está chegando e não tem tempo a perder pois a casa deve ser logo demolida
para desocupar a área. As famílias que, atônitas viram suas casas pixada com a
sigla SMH e um número, no feitio das marcas feitas pelo Hitler, durante a 2a.
guerra, sentiam-se acuadas e diante de rara truculência, muitas
acabaram aceitando a
oferta do dito" bondoso" prefeito que segundo os "jagunços", oferece de
graça, uma casa em Cosmos. Os poucos que resistiram à oferta não
cederam e estão se
reunindo na tentativa de uma solução que venha manatê-los no local onde
moram por décadas. A reunião foi mobilizada por um morador da comunidade,
na Av. das Américas e foi iniciada às 21 horas, após a chegada da defensoria e
terminou às 22:30h. O caso está entregue aos devfensores para uma ação
judicial mas a comunidade conta com o apoio de todos para o fortaleciment o da
resitência.
     Assim está a relação do prefeito com os pobres que o elegeram e agora
são recompensados com esta maldição.


(3) Auto de Natal
Miguel Lanzellotti Baldez

Natal e Direitos Humanos, universalmente celebrados, não tem qualquer significação para os governos do Estado e do Município do Rio de Janeiro. Inclua-se a União Federal, aqui representada por importantes figuras do partido dos trabalhadores, ora servindo com afinco e gosto às administrações de Sergio Cabral e Eduardo Paes. É dezembro, senhores, mês em que, tradicionalmente, se festeja, ano a ano, o natal, tanto os de fé religiosa, como estes que, não sendo religiosos veem em Deus a grande utopia do homem comprometido com a vida. Mas, ao falar de utopia, a mim me lembra o grande José Saramago, quando, no Foro Social Mundial de Porto Alegre, disse que a utopia começa hoje com práticas transformadoras desta sociedade injusta. Mas não é só o nascimento de Jesus o que se guarda e comemora em dezembro. Entre sinos e papais noeis de aluguel, um consumismo de espetáculo apaga da lembrança do povo trabalhador a data também universal consagrada à Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Mas que bom seria se o dez e o vinte e cinco de dezembro fossem levados a sério pelas autoridades públicas, e se o Presidente da República lembrasse de si mesmo como Lula e descesse de seu pedestal dos 90% de aprovação para certificar-se do comportamento de seus parceiros no Rio de Janeiro cuja fé religiosa e compromisso humano com o povo esgota-se numa desastrada árvore plantada em delirante mau gosto no meio da Lagoa com o significativo patrocínio de um grande banco. Bata-lhes à indecorosa paz consigo mesmos.
Sob a regência ideológica do Complexo Globo (vocês imaginavam que os Complexos do Rio de Janeiro limitavam-se ao complexo do Alemão e ao Complexo da Penha?) Governador e Prefeito com seus comandados fazem do extermínio das comunidades pobres e do caos social uma opção de política pública. Cada Complexo cumpre o seu papel...
Com a ocupação do Complexo do Alemão, o Complexo da Globo, principalmente TV e jornal, configura uma guerra de conquista de território inimigo com direito à fixação da bandeira do Brasil na terra conquistada, enquanto na outra ponta da conquista não foi possível esconder o vergonhoso butim, militares brasileiros saqueando indefesos cidadãos.
Na verdade o poderes civil e militar do Rio de Janeiro transformaram, na sortida bélica, uma imanente luta de classes inscrita na dialética de qualquer sociedade em guerra de conquista de território perdido para hipotéticos invasores, construindo na subjetividade coletiva que assim, daquela forma violenta, devem ser tratados todos, como “invasores”. Na leitura ideológica do Complexo da Globo, de seus bem mandados articulista e repórteres, são “invasores” todos, ou quase todos, os moradores de comunidades pobres em áreas reservadas aos usos e lazer das camadas economicamente privilegiadas deste Município. E como invasores são tratados os moradores do Horto Florestal, da Barra e do Recreio, tanto pelo Complexo da Globo, como pelas autoridades estaduais e municipais.
Pois agora, sem qualquer respeito ao princípio fundante da Constituição, o princípio do respeito à dignidade do homem e mostrando absoluto desprezo pelas datas maiores da civilização ocidental, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, comemorada no dia 10º de dezembro, e o natal, consagrado no dia 25 de dezembro, Estado e Município, valendo-se de suas forças policiais, vem ameaçando de remoção e invadindo de fato, varias comunidades no Centro do Rio, o Horto Florestal e a numerosa população pobre da Barra e do Recreio.
Relativamente ao Horto, além do Complexo da Globo, principalmente o jornal, com destaque para o articulista incumbido de qualificar como “invasores” ocupantes da área, e do loquaz e trêfego representante da suspeita AMAJB, sempre estranhamente interessado na intimidade desses ditos ocupantes, dois ilustres magistrados somam-se à pressão a ponto de não admitirem o novo e legítimo tratamento dado pela União Federal, dona da área, às ocupações lá constituídas no passar da história. Insistem eles na execução de sentenças vazias de conteúdo pela alteração do fato: a regularização das áreas ocupadas, mesmo que tal insistência implique, no caso, no despejo de uma senhora de 90 anos, além de significar, no campo jurídico, injustificada intromissão do Judiciário na competência constitucional do Poder Executivo.
Pois toda essa pressão sobre as comunidades pobres do Rio de Janeiro, se lida sem o encobrimento de véus ideológicos, lembra em cores fortes a tortura dos tempos da ditadura militar posta numa dimensão coletiva e em pleno Natal, e praticadas entre beijos e abraços de boas festas.
Que lhes caia sobre a cabeça, no legítimo rogo dessa pobreza covardemente torturada, a merecida maldição.

[Newsletternomade]

Prezados,
estamos continuando o debate sobre como estão sendo implementadas as Olimpiadas no Rio de Janeiro. A uma primeira critica nossa, respondeu o Deputado Federal e Secratario Municipal de Habitação, Jorge Bittar (que divulgamos).

Mandamos aqui um comentario sobre o mesmo tema da urbanista Raquel Rolnik.

Daqui a pouco, haverá também uma resposta ao Bittar da Rede Universidade Nômade.

Digamos, no entanto, que gostariamos mesmo que a SMH honrasse a promessa e organizasse um Debate Público  e pluralista sobre o tema, com urgencia.

Saudaçnoes "natalinas", pois não tenho coragem de dizer "socialistas"

http://raquelrolnik.wordpress.com/
Olimpíadas truculentas

21/12/10 por raquelrolnik

O plano olímpico da cidade do Rio de Janeiro tem revelado, na última semana, uma forte ambigüidade na qualidade de grande projeto de desenvolvimento urbano. No mesmo ritmo em que são feitos os investimentos públicos em infra-estrutura de transportes, e nas instalações esportivas, têm ocorrido vários episódios lamentáveis de violações de direitos básicos e de desrespeito à condição humana.

Horror e tensão resumem o que inúmeras famílias têm passado na zona oeste do Rio desde o último dia 15. Denúncias recebidas de moradores, observadores e da Defensoria Pública do Rio de Janeiro relatam o abuso de poder e o verdadeiro estado de exceção que se estabeleceu às margens da Av. das Américas, que corta as comunidades Vila Recreio II, Vila Harmonia e Restinga no Recreio dos Bandeirantes.

Sem qualquer negociação ou abertura ao diálogo, equipes da subprefeitura da Barra da Tijuca incluindo 40 homens da Guarda Municipal começaram uma operação de remoções sumárias e demolições de lares e pontos comerciais na área para a construção do Transoeste: um corredor de ônibus padrão BRT que fará a ligação da Zona Sul à Barra, região que concentrará a maioria das instalações e modalidades olímpicas em 2016.

Segundo denúncias, retro escavadeiras da empreiteira que constrói o corredor estariam derrubando casas com mobílias e pertences dentro. Durante o dia 15, alguns moradores alegam que tiveram suas casas derrubadas enquanto estavam fora trabalhando e outros que receberam um prazo até meia noite daquele dia para se retirarem e darem espaço às máquinas.

Uma equipe do Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro conseguiu, em caráter emergencial, uma liminar que suspendia as remoções forçadas, pois os oficiais da subprefeitura agiam sem ordem judicial de despejo ou intimação. Entretanto o pesadelo para os moradores dessas três comunidades da zona oeste carioca não terminou, já que a liminar da justiça não era válida a todos os imóveis.

Nem as casas de santo – terrenos sagrados à tradição Candomblé, há décadas instalados ali – estão seguras das máquinas. Os moradores e representantes religiosos já realizaram duas mobilizações de repúdio a ação da prefeitura do Rio pelo modo como vem conduzindo as obras das Olimpíadas em detrimento do direito e da dignidade dos que vivem no caminho dos projetos.

Sem muito efeito, na madrugada do dia 17 para o dia 18 policiais arrombaram casas expulsando as famílias e ameaçando todos de prisão. Muitos descrevem as cenas como a de uma batalha: roupas, objetos pessoais, malas, tudo jogado no chão na beira da via por onde trafegam continuamente caminhões, automóveis e agora pessoas sem um lugar para onde ir ou voltar.

Não longe do Recreio dos Bandeirantes, o projeto olímpico também é conduzido, mas em tom menos hostil. No início da mesma semana, a prefeitura do Rio assinou o contrato de construção das mais de 2,4 mil unidades habitacionais de alto padrão, que comporão a Vila Olímpica na Barra da Tijuca e depois serão comercializadas por não menos que R$400 mil. O valor total estipulado para o projeto da vila é de quase R$1 bilhão e deve receber financiamento da Caixa Econômica Federal.

O vídeo a seguir é o trecho de uma gravação feita em uma das manhãs, em que máquinas avançavam sobre casas na comunidade da Restinga.
http://raquelrolnik.wordpress.com/
Olimpíadas truculentas

21/12/10 por raquelrolnik

O plano olímpico da cidade do Rio de Janeiro tem revelado, na última semana, uma forte ambigüidade na qualidade de grande projeto de desenvolvimento urbano. No mesmo ritmo em que são feitos os investimentos públicos em infra-estrutura de transportes, e nas instalações esportivas, têm ocorrido vários episódios lamentáveis de violações de direitos básicos e de desrespeito à condição humana.

Horror e tensão resumem o que inúmeras famílias têm passado na zona oeste do Rio desde o último dia 15. Denúncias recebidas de moradores, observadores e da Defensoria Pública do Rio de Janeiro relatam o abuso de poder e o verdadeiro estado de exceção que se estabeleceu às margens da Av. das Américas, que corta as comunidades Vila Recreio II, Vila Harmonia e Restinga no Recreio dos Bandeirantes.

Sem qualquer negociação ou abertura ao diálogo, equipes da subprefeitura da Barra da Tijuca incluindo 40 homens da Guarda Municipal começaram uma operação de remoções sumárias e demolições de lares e pontos comerciais na área para a construção do Transoeste: um corredor de ônibus padrão BRT que fará a ligação da Zona Sul à Barra, região que concentrará a maioria das instalações e modalidades olímpicas em 2016.

Segundo denúncias, retro escavadeiras da empreiteira que constrói o corredor estariam derrubando casas com mobílias e pertences dentro. Durante o dia 15, alguns moradores alegam que tiveram suas casas derrubadas enquanto estavam fora trabalhando e outros que receberam um prazo até meia noite daquele dia para se retirarem e darem espaço às máquinas.

Uma equipe do Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro conseguiu, em caráter emergencial, uma liminar que suspendia as remoções forçadas, pois os oficiais da subprefeitura agiam sem ordem judicial de despejo ou intimação. Entretanto o pesadelo para os moradores dessas três comunidades da zona oeste carioca não terminou, já que a liminar da justiça não era válida a todos os imóveis.

Nem as casas de santo – terrenos sagrados à tradição Candomblé, há décadas instalados ali – estão seguras das máquinas. Os moradores e representantes religiosos já realizaram duas mobilizações de repúdio a ação da prefeitura do Rio pelo modo como vem conduzindo as obras das Olimpíadas em detrimento do direito e da dignidade dos que vivem no caminho dos projetos.

Sem muito efeito, na madrugada do dia 17 para o dia 18 policiais arrombaram casas expulsando as famílias e ameaçando todos de prisão. Muitos descrevem as cenas como a de uma batalha: roupas, objetos pessoais, malas, tudo jogado no chão na beira da via por onde trafegam continuamente caminhões, automóveis e agora pessoas sem um lugar para onde ir ou voltar.

Não longe do Recreio dos Bandeirantes, o projeto olímpico também é conduzido, mas em tom menos hostil. No início da mesma semana, a prefeitura do Rio assinou o contrato de construção das mais de 2,4 mil unidades habitacionais de alto padrão, que comporão a Vila Olímpica na Barra da Tijuca e depois serão comercializadas por não menos que R$400 mil. O valor total estipulado para o projeto da vila é de quase R$1 bilhão e deve receber financiamento da Caixa Econômica Federal.

O vídeo a seguir é o trecho de uma gravação feita em uma das manhãs, em que máquinas avançavam sobre casas na comunidade da Restinga.

Revoltas LatinoAmericanas - Protestos deixam ao menos 11 feridos em Buenos Aires

Protestos deixam ao menos 11 feridos em Buenos Aires

Sex, 24 Dez, 12h55

Buenos Aires, 23 dez (EFE).-

Pelo menos 11 pessoas ficaram feridas e 34 foram detidas nos violentos incidentes registrados nesta quinta-feira em Buenos Aires após a interrupção do serviço de uma das principais linhas ferroviárias da cidade.


O Governo já anunciou que denunciará os responsáveis pelo bloqueio das vias do trem, que afetou milhares de pessoas a dois dias do Natal.

Os distúrbios ocorreram após sete horas de interrupção do serviço pelo protesto de um grupo de trabalhadores demitidos, quando a concessionária da estação decidiu fechar suas portas e a Polícia impediu os passageiros de entrar no recinto, o de maior afluência de passageiros de toda a Argentina.

Grupos violentos, em sua maioria compostos por jovens, atacaram a pedradas a estação, incendiaram uma porta de acesso e saquearam vários estabelecimentos comerciais da região.

A revolta culminou com a intervenção de carros hidrantes da Polícia, que teve de recorrer a gás lacrimogêneo para dispersar a violência.

Após os incidentes, os responsáveis pelo protesto sindical suspenderam o bloqueio que mantinham nas vias da localidade de Avellaneda, na província de Buenos Aires.

O secretário de Transportes da Argentina, Juan Pablo Schiavi, anunciou que recorrerá à Justiça para denunciar aqueles que bloquearam as vias, "complicando a vida das pessoas".

O funcionário antecipou que o serviço não será restabelecido enquanto não se verificar o estado das vias para garantir a segurança dos passageiros.

A presidente argentina, Cristina Kirchner, que tinha previsto viajar nesta quinta-feira a Río Gallegos para passar o Natal com seus filhos, decidiu adiar a viagem pelo menos até esta sexta-feira após os incidentes.

O prefeito da cidade de Buenos Aires, Mauricio Macri, repudiou os fatos e lamentou que o Governo tenha permitido que um protesto sindical interrompesse o transporte público. EFE

Será que agora vai? - Justiça pede 8 anos de prisão para Menem por contrabando de armas

Justiça pede 8 anos de prisão para Menem por contrabando de armas

Qui, 23 Dez, 07h45

Buenos Aires, 23 dez (EFE).- Autoridades judiciais pediram nesta quinta-feira que o ex-presidente da Argentina Carlos Menem seja condenado há oito anos de prisão, por sua "coautoria" no contrabando de armas ao Equador e à Croácia entre 1991 e 1995, informaram fontes da Justiça do país.

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O pedido foi feito pelos promotores Mariano Borinsky e Marcelo Agüero Vera no julgamento oral e público do ex-presidente (1989-1999) e outras 17 pessoas pela venda ilegal de armamento a dois países com os quais era proibido comercializar armas na época.

Os promotores pediram ainda sete anos de prisão para o ex-ministro da Defesa Oscar Camilión e para o ex-assessor presidencial Emir Yoma, além de solicitar que o ex-chefe do Exército e atual embaixador da Colômbia, Martín Balza, seja investigado por falso testemunho.

Para a Justiça, Menem aprovou a venda de armamento e assinou os decretos "com pleno conhecimento do verdadeiro destino do material", que supostamente seria comprado pelo Panamá e Venezuela.

No último dia 7, o Estado pediu em sua alegação final cinco anos de prisão para Menem, atual senador, através de Carlos Lobos Oroño, advogado da Alfândega argentina.

Ainda é necessário que os defensores dos acusados apresentem suas alegações, mas isso ocorrerá em fevereiro, quando serão retomadas as atividades nos tribunais após o recesso de janeiro.

Neste processo oral e público, iniciado em outubro de 2008, está sendo julgada a venda ilegal de 6.500 toneladas de armamento à Croácia e ao Equador entre 1991 e 1995. As exportações foram feitas amparadas em dois decretos presidenciais que mencionavam a Venezuela e o Panamá como destino do armamento.

Por este motivo, Menem ficou seis meses preso em 2001, acusado de "formação de quadrilha" dedicada ao tráfico ilegal de armas, mas foi libertado por conta de uma decisão da Corte Suprema, que na época era favorável a seu Governo.

Em dezembro passado, a instância máxima do país rejeitou um pedido dos advogados do ex-chefe do Estado e determinou que o julgamento deveria prosseguir. EFE

sábado, 18 de dezembro de 2010

Preto Velho ( Secos & Molhados- Álbum-1974)

Realidade dos Bolivianos en Buenos Aires, inspiração Morro do Alemão? Chama o Nascimento que ele resolve!

Qué duro es sentirse minoría en un país de falsas mayorías.

Masacre en La Primavera.JPG


Qué duro es ver que el gobierno nacional y los poderes económicos luchan entre sí cuando son cómplices necesarios del país sojero.

Qué duro es ver tomas de pedazos de tierra y otras llenas de soja RR en el asfalto civilizado de
Buenos Aires.


Que duro es ver a los sin tierra de los campesinos de Santiago del Estero y el desalojo de las comunidades originarias de La Primavera Formosa y otros lugares.


Que duro es ver a los estudiantes de universidades argentinas con sus carteles reclamando más atención para la educación estatal.

Que duro es ver a un joven militante desangrándose por luchar junto a trabajadores precarizados. Que duro es ver que su vida se va, y que los patrones quedan.


Que duro es ver a gente ciudadana que se llama “progre” de este país apoyando a los policías de Formosa y la policía federal que desaloja a gente necesitada, como si Monsanto y el Che Guevara pudieran darse la mano.


Que duro es recordar que esas cacerolas relucientes, esos estudiantes movilizados y esas familias temerosas del desabastecimiento en 2.001 no salieron a la calle cuando los terratenientes de este siglo XXI expulsaron a familias y pueblos enteros para plantar su soja maldita.


Qué duro es ver la furia de los estados provinciales y el estado nacional al amparo de reyes sojeros como el Grupo Grobocopatel y otros.


Qué duro es ver el rostro reseco de Doña Juana expulsada, de doña Juana sin tierra, de doña Juana con sus muertos bajo las balas de las fuerzas policiales provinciales o federales defendiendo a los proyectos sojeros.


Qué duro es ver que la población más humilde este cortando rutas para que no sigan con desalojo, solo porque poderes económicos y el estado Argentino se preocupen que China y Europa no dejen de tener soja fresca, y para que Monsanto no deje de vender sus semillas y sus agroquímicos.


Qué duro es comprobar, con los dientes apretados, y con el corazón desierto y sin bosques, que nadie habló en nombre de los indígenas expulsados de sus territorios, de sus plantas medicinales, de su cultura y de su tiempo para que la soja y el glifosato sean los nuevos algarrobos y los nuevos duendes del monte.


Qué duro es ver con las manos y tocar con los ojos que nadie habló en nombre de los indígenas muertos y echados a topadora limpia, a balazos y a decisiones judiciales sin justicia para que ingresen el endosulfán, las promotoras de Basf y las palas mecánicas con aire acondicionado.


Qué duro es saber que nadie habló en nombre del suelo destruido por la soja y por el cóctel de plaguicidas.


Qué duro es comprobar que muchos productores, gobiernos y ciudadanos no saben que los suelos solo son fabricados por los bosques y ambientes nativos, y nunca por los cultivos industriales.


Qué duro es saber que para fabricar 2,5 centímetros de suelo en ambientes templados hacen falta de 700 a 1200 años, y que la soja los romperá en mucho menos tiempo.


Qué duro es recordar que el 80% de los bosques nativos ya fue destrozado, y que funcionarios y productores no ven o no quieren ver que la única forma de tener un país más sustentable es conservar al mismo tiempo superficies equivalentes de ambientes naturales y de cultivos diversificados.


Qué duro es observar cómo se extingue al indígena y al campesino que convivía con el monte, y cómo lo reemplaza una gran empresa agrícola que empieza irónicamente sus actividades destruyendo ese monte.


Qué duro es ver que el monocultivo de la soja refleja el monocultivo de cerebros, la ineptitud de los funcionarios públicos y el silencio de la gente buena.


Qué duro es saber que miles de Argentinos están expuestos a las bajas dosis de plaguicidas, y que miles de personas enferman y mueren para que China y Europa puedan alimentar su ganado con soja.


Qué duro es saber que las bajas dosis de glifosato, endosulfán, 2,4 D y otros plaguicidas pueden alterar el sistema hormonal de bebés, niños, adolescentes y adultos, y que no sabemos cuántos de ellos enfermaron y murieron por culpa de las bajas dosis porque el estado no hace estudios epidemiológicos.


Qué duro es saber que los bosques y ambientes nativos se desmoronan, que las cuencas hídricas donde se fabrica el agua son invadidas por cultivos, y que Argentina está exportando su genocidio sojero a la Amazonia Boliviana.


Qué duro es comprobar que los reclamos de las poblaciones originarias de este estado sean escuchados y más
fáciles de que sean calladas o tapadas que las topadoras y el monocultivo.


Qué duro es comprobar que en nombre de las exportaciones se violan todos los días, impunemente, los derechos de generaciones de Argentinos que todavía no nacieron.


Qué duro es ver las imágenes por televisión, los avances económicos, de ingresos económicos de empresarios, mientras las almas sin tierra de los indígenas y ciudadanos de bajos recursos no tienen importancia, ni avances, ni la política estatal que los defiendan.


Qué duro es comprobar que estas reflexiones escritas a medianoche solo circularán en la casi clandestinidad mientras Monsanto gira sus divisas a Estados Unidos, mientras las topadoras desmontan miles de hectáreas en nuestro chaco semiárido y gran parte de Argentina para que rápidamente tengamos 19 millones de hectáreas plantadas con soja, y mientras miles de niños argentinos duermen sin saber que su sangre tiene plaguicidas, y que su país alguna vez tuvo bosques que fabricaban suelo y conservaban agua. Muy cerca de ellos en sus comunidades sus familiares con las cicatrices de alguna bala de las arma de la policía.



La Nacion Qom de norte Arg

WikiLeaks ou a vingança do mundo vigiado

Eugênio Bucci - O Estado de S.Paulo

Sorria, você está sendo filmado. Ou chore, você está sendo filmado.

A propósito, não é improvável que você esteja sendo filmado enquanto lê este artigo. Os seus hábitos de consumo estão catalogados em bancos de dados que são vendidos por aí. A marca de papel higiênico que você compra no supermercado faz parte da sua ficha pessoal em algum arquivo de marketing. Os exames do seu check-up, realizados naquele laboratório todo informatizado, bem, eles podem cair na rede. As chamadas do seu celular são rastreáveis, todas elas. A que horas você ligou para quem e de que lugar você chamou, tudo se sabe. Pelas pesquisas que você faz no Google, os administradores podem levantar o seu rol de preferências, mesmo aquelas que você não gostaria de declarar em público. Os radares da cidade registram por onde você passeia de automóvel. As consultas que você faz na Amazon fazem parte do seu perfil, devidamente armazenado. Pelo seu cartão de crédito, podem saber os restaurantes em que você anda almoçando, os vinhos que você pede, a dieta que você segue. As portarias de prédios que você cruzou, as catracas que atravessou, os elevadores em que subiu ou desceu, tudo isso é sabido.

E aqui não estamos falando de vírus espiões instalados em seu computador, das escutas encomendadas pelos rivais (amorosos, religiosos, políticos ou econômicos), mas apenas dos mecanismos supostamente lícitos pelos quais, como já foi dito, você está sendo filmado. Não é bem que a privacidade tenha diminuído de uns tempos para cá. A privacidade, nos moldes em que costumávamos imaginá-la, virou uma categoria impossível, irrealizável. A privacidade foi extinta pela História.

Mais ainda: no nosso tempo a vigilância se massificou. Todos da massa são potencialmente vigiados, o que, em lugar de incomodar, parece excitar o público. A bisbilhotice ganhou status de um gênero lucrativo da indústria do entretenimento, com os reality shows se disseminando como epidemia. Quanto à massa, além de usufruir a vigilância indiscreta, pratica alegremente o esporte de espionar os semelhantes. Câmeras instaladas em celulares fizeram de cada cidadão um agente voluntário a serviço da grande rede de vigilância global. O "Grande Irmão" não é mais o ditador imaginado por George Orwell, aquele que tudo via, protegido em seu bunker supertecnológico. Hoje, o "Grande Irmão" é a massa. Todo mundo bisbilhota todo mundo.

Para chegar a esse estado passamos por duas grandes inversões. A primeira delas transformou o controle de presidiários numa forma de controle dos cidadãos. Há séculos o inglês Jeremy Bentham (1748-1832) imaginou uma prisão que permitiria aos carcereiros verificar a qualquer instante os movimentos de cada um dos prisioneiros. As celas seriam dispostas numa linha circular, alinhadas e empilhadas num imenso edifício arredondado. A parede externa desse edifício, aquela voltada para o lado de fora da circunferência, seria opaca, mas, e aí vem o detalhe perverso, a parede interna do edifício seria transparente, de tal modo que quem se postasse no miolo da prisão poderia ver, ao mesmo tempo, o interior de todas as celas. Por uma fresta em seu escritório central, o carcereiro veria todos, mas não seria visto pelos presidiários, que também não poderiam ver uns aos outros. Muitos anos depois, como se sabe, o filósofo francês Michel Foucault (1926-1984) refletiu caudalosamente sobre esse sistema, identificando nele uma forma de dominação que extrapolaria em muito a penitenciária de Jeremy Bentham. O panóptico estaria presente em todos os campos sociais e, ao saber-se visível o tempo todo, o sujeito, solto ou encarcerado, não importa, estaria intimidado, controlado, perderia a sua privacidade, a sua liberdade, a sua espontaneidade.

A segunda inversão tem um sabor de anedota: os vigiados, longe de se lamentar, entraram com tudo na brincadeira. Nas redes sociais, intimidades as mais improváveis roubam a cena; as pessoas encenam e vazam suas próprias privacidades. O exibicionismo e o voyeurismo digitais são a marca por excelência do século 21. Foi então que o voyeurismo, cansado de obscenidades da extinta vida privada, começou a explorar os segredos mais valiosos dos que bisbilhotam o planeta em nome dos governos mais poderosos da atualidade. Era inevitável: mais cedo ou mais tarde, a indústria da vigilância total cairia na rede ela também.

Dentro disso, qual a grande surpresa do WikiLeaks? Ora, ora, nenhuma.

Pelo WikiLeaks, a espionagem oficial, antes guardada pelos carimbos de "secreto" ou "confidencial" nos gabinetes diplomáticos, vai-se convertendo em divertimento planetário. A profusão dos documentos vazados e a irrelevância da imensa maioria das informações conferem ao circo um certo ar de banalidade, como se segredos de Estado não fossem lá grande coisa. E talvez não sejam mesmo. O WikiLeaks sobrevém, assim, como a vingança dos que não têm mais privacidade contra os que ainda se imaginavam controladores das privacidades dos comuns. Não há mais segredos bem guardados, nem mesmo na Casa Branca. O panóptico estilhaçou-se, caiu como a velha Bastilha. Reis e rainhas trafegam nus. Os esconderijos esfacelam-se.

Nesse meio tempo, as reações do poder - econômico e político - contra o WikiLeaks revelam uma mentalidade pateticamente totalitária. Num jogo combinado, típico de coalizões militares, as instituições financeiras internacionais fecham o cerco. Governos agem de modo análogo. Será que esse pessoal acreditava que controlava a sociedade de modo tão absoluto?

Quem acreditou nisso errou. O WikiLeaks não é um site, mas uma possibilidade da era digital que se materializou num site. Outros virão. O vazamento indiscriminado vai continuar. Outras caixas de Pandora estão para cair. Que caiam.

JORNALISTA, É PROFESSOR DA ECA-USP E DA ESPM

Os Famosos e os Duendes da Morte - Trailer

22 Balas - Trailer legendado

22 Balas - Trailer legendado

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Repúdio ao revide violento das forças de segurança pública no Rio de Janeiro, e às violações aos direitos humanos que vêm sendo cometidas

2010-11-27
Desde o dia 23 de novembro a rotina de algumas regiões do Rio de Janeiro foi alterada. Após algumas semanas em que ocorreram supostos "arrastões" (na verdade, roubos de carros descontinuados no tempo e no espaço), veículos seriam incediados. Imediatamente, as autoridades públicas vieram aos meios de comunicação anunciar de que se tratava de um ataque orquestrado e planejado do tráfico de drogas local à política de segurança pública, expressa principalmente nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Tal interpretação nos parece questionável, em primeiro lugar porque não foi utilizado o poderio em armas de fogo das facções do tráfico, e sim um expediente (incêndio de veículos) que, embora tenha grande visibilidade, não exige nenhuma logística militar. Em segundo porque, se o objetivo fosse um dano político calculado ao governo estadual, as ações teriam sido realizados cerca de dois meses atrás, antes das eleições, e não agora. As ações, que precisam ser melhor investigadas e corretamente dimensionadas, parecem mais típicas atitudes desorganizadas e visando impacto imediato, que o tráfico varejista por vezes executa.
Seja como for, desde então, criou-se e se generalizou um sentimento de medo e insegurança. Esta imagem foi provocada pela circulação da narrativa do medo, do terror e do caos produzida por alguns meios de comunicação. Isto gerou o ambiente de legitimação de uma resposta muito comum do poder público em situações como esta: repressão, violência e mortes. Principalmente nas favelas da cidade. Além disso, mobilizou-se rapidamente a idéia de que a situação é de uma "guerra". Esta foi a senha para que o campo da arbitraridade se alargasse e a força fosse utilizada como primeiro e único recurso.

Repudiamos a compreensão de que a situação na cidade seja de uma "guerra". Pensar nestes termos, implica não apenas uma visão limitada e reducionista de um problema muito complexo, que apenas serve para satisfazer algumas demandas políticas-eleitoreiras, mas provoca um aumento de violência estatal descomunal contra os moradores de favelas da cidade. Não concordamos com a idéia da existência de guerra, muitos menos com seus desdobramentos ("terrorismo", "guerrilha", "crime organizado") justamente pelo fato de que as ações do tráficos de drogas, embora se impondo pelo medo e através da força, são desorganizadas, não orgânicas e obviamente sem interesses políticos de médio e longo prazo. Parece que, ao mencionarem que se trata de uma "guerra" ao "crime organizado", as autoridades públicas querem legitimar uma política de segurança que, no limite, caracteriza-se apenas por uma ação reativa, extremamente repressiva (que trazem conseqüências perversas ao conjunto dos moradores de favelas) e que, no fundo, visa exclusivamente e por via da força impor uma forma de controle social. As ações feitas pelos criminosos e a resposta do poder público que ocorreram nesta semana, somente reproduz um quadro que se repete há mais de 30 anos. Contudo, as "políticas de segurança pública" se produzem, sempre, a partir destes eventos espetaculares, portanto com um horizonte nada democrático. É importante não esquecer que, muito recentemente, as favelas que agora viraram símbolo do enfrentamento da "política de segurança pública" já tenham sido invadidas e cercadas em outros momentos. Em 2008, a Vila Cruzeiro foi ocupada pela polícia. Em 2007, o Complexo do Alemão também foi cercado e invadido. O resultado, todos sabem: naquele momento, morreram 19 pessoas, todas executadas pelas forças de segurança.
As conseqüências práticas da idéia falsa da existência de guerra é o que estamos vendo agora: toda a ação de reação das forças de segurança, que atuam com um certa autorização tácita de parte da população (desejosa de uma vingança, mas que não quer fazer o "trabalho sujo"), têm atuado ao "arrepio da lei", inclusive acionando as Forças Armadas (que constitucionalmente não podem ser utilizadas em situações como estas, que envolvem muitos civis, e em áreas urbanas densamente povoadas). Não aceitamos os chamados "danos colaterais" destas investidas recorrentes que o poder público realiza contra os bandos de traficantes. Discordamos e repudiamos a concepção de que "para fazer uma omelete, é preciso quebrar alguns ovos", como já disseram as mesmas autoridades em questão em outras ocasiões.
Desde o começo do revide violento e arbitrário das polícias e das forças armadas, há apenas uma semana, o que se produziu foi uma imensa coleção de violações de direitos humanos em favelas da cidade: foram mortas, até o momento, 45 pessoas. Quase todas elas foram classificadas como "mortes em confronto" ou "vítimas de balas perdidas". Temos todas as razões para duvidar da veracidade desse fato. Em primeiro lugar, devido ao histórico imenso de execuções sumárias da polícia do Rio de Janeiro, cuja utilização indiscriminada dos "autos de resistência" para encobrir tais crimes de Estado tem sido objeto de repetidas condenações, inclusive internacionais. Em segundo lugar, pelo que mostram as próprias informações disponíveis, o perfil das vítimas das chamadas "balas perdidas" não é de homens ou jovens que poderiam estar participando de ações do tráfico, e sim idosos, estudantes uniformizados, mulheres, etc. Na operação da quarta-feira (24/11) na Vila Cruzeiro, por exemplo, esse foi o perfil das vítimas, segundo o detalhado registro do jornalista do Estado de São Paulo: mortes - uma adolescente de 14 anos, atingida com uniforme escolar quando voltava para casa; um senhor de 60 anos, uma mulher de 43 anos e um homem de 29 anos que chegou morto ao hospital com claros sinais de execução. Feridos - 11 pessoas, entre elas outra estudante uniformizada, dois idosos de 68 e 81 anos, três mulheres entre 22 e 28 anos, dois homens de 40 anos, um cabo da PM e apenas dois homens entre 26 e 32 anos.
Além disso, a "política de guerra" produziu, segundo muitas denúncias feitas, diversos refugiados. Tivemos informações de que moradores de diversas comunidades do Complexo da Penha e de outras localidades não puderam retornar às suas casas e muitas outras ficaram reféns em suas próprias moradias. Crianças e professores ficaram sitiados em escolas e creches na Vila Cruzeiro, apesar do sindicato dos professores ter solicitado a suspensão temporária da operação policial para a evacuação das unidades escolares. As operações e "megaoperações" em curso durante a semana serviram de pretexto para invasões de domicílios seguida de roubos efetuadas por policiais contra famílias. Nos chegaram, neste sábado 27/11, depoimentos de moradores da Vila Cruzeiro que informavam que, após a fuga dos traficantes, muitos policiais estão aproveitando para realizar invasões indiscriminadas de domicílios e saquear objetos de valor.
Não bastasse tudo isso, um repertório de outras violações vêm ocorrendo: nestas localidades conflagradas, os moradores se encontram sem luz, água, não podem circular tranquilamente, o transporte público simplesmente deixou de funcionar, as pessoas não podem ir para o trabalho, escolas foram fechadas e quase 50 mil alunos deixaram de ter aulas neste período, e até toque de recolher foi imposto em algumas localidades de UPP, segundo denúncias. As ações geraram um estado de tensão e pânico nos moradores destas localidades jamais vistos. As favelas do Rio, que são verdadeiros "territórios de exceção" onde as leis e as garantias constitucionais são permanentemente desrespeitadas, em primeiro lugar pelo próprio Poder Público, vivem hoje um Estado de Exceção ainda mais agravado, que pode ser prenúncio do que pretende se estabelecer em toda a cidade durante a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

fonte> http://www.redecontraviolencia.org/Noticias

black out

nao

dirias que foste um delirio compulsivo, na medida de um skizofrenico, enquanto respirava o nada passava, voltava, revoltava injurias..
confesso que nao confessaria nada se nao fosse uma simples confecçao!
mas enfim, voltando ao assunto que muito me angustia, talvez deveria pedir dizculpas, mas nem isso mas faz sentido.. sinto que morri, e continuo morrendo entre os laços de um vento, solto, vemto aki.....mas nem espero mais.
Parti, em pedaços jogados no xao. Um quebra cabeças irresoviveu de lama derretida.!

neguei

foi foda.. perdi o controle - que realmente nunca tiveras - discontroladamente pela existencia de existir, nao ser real era motivo de crisis..

cual o melhor slogan?

?su real

nao

me perguntes o que gostaria de saber...
- as pedras ja estavam na mao, prontas a serem arremessadas, mas ele resolveu guarda-las em seu bolso furado. Cairam, arremesseias para dentro de si. O choque foi constante, bateu de frente depois durmiu. na verdade nao foi um sono profundo, a superficie transbordava sonhos, distintos e inorganicos sonhos.

nao

adianta se esconder?
- nao tens para onde correr. beco sem saida, escuro, com os dois peh na lama..

o menino tentava, andando de um lado para o outro, nao enxerga o tamanho das coisas que ja na sem tias, a mae diztante.

negou

o odio que sentias por dentro, mas de la nao saia...
explodia em coalizoes semanticas, literalmente um glossario ambulante..
mulambo..

so nehgo

as classificassoes me atordoavam, dizritimadas em canto algum,
diziam n saber de nada....

in directas

avesso - o travesseiro invertido esquentava minhas orelhas - cabelos longos, soltos, molhados na cama,
cogitavam um gripe no dia seguinte. Nao tardou e o sol abriu as 2 horas da tarde.

deixa pra lah......

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

e os radios gritavam,
surdos!
voceis ouviram?
-cantou-o louco(a)tor no microfonis,,


meus ouvidos ja acostumados com as queixas daqui e Dali,
um salvador dizia que aos poucos as luzes la de baixo re(tomariam)evolta e meia aluzao. E vola e meia em si passaram, e nao (re)tornaram. 
aos poucos foram nada mais que lixo prolixo.
auns muitos,



o-brigaduun...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

mi jos ska y

ouviam-se vozes
sentidos contrarios in:versos sem tidos
caminhavam entre as sombras,
à pagao,
n@s Lù(nachikos)
Zzzzzzzzzz...........


mijadas em postes, a Urina ex:corria,
os animais inscreviam sobre tudo "himen-si dao".
fértil terra de pernas ao ar
engolias com cret(in)o tédio
- diz:calçadas!


as multidões pisavam in:diabradas no "az falt(Ô)" - a Urina...
Ex: corria nas sarge(n)tas em direçao a "boca de lobo",
um'agua suja enlamassada,
caosó(p)chika ru(ìn)a !


quem sabe não voltarão °
a merda feita junto ao caes corroiam o si mento la
ee
Vá por A vá
o mal xeiro alegrava os ou vidos...!!
Vi
dá....!