Justiça pede 8 anos de prisão para Menem por contrabando de armas
Qui, 23 Dez, 07h45
Buenos Aires, 23 dez (EFE).- Autoridades judiciais pediram nesta quinta-feira que o ex-presidente da Argentina Carlos Menem seja condenado há oito anos de prisão, por sua "coautoria" no contrabando de armas ao Equador e à Croácia entre 1991 e 1995, informaram fontes da Justiça do país.
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O pedido foi feito pelos promotores Mariano Borinsky e Marcelo Agüero Vera no julgamento oral e público do ex-presidente (1989-1999) e outras 17 pessoas pela venda ilegal de armamento a dois países com os quais era proibido comercializar armas na época.
Os promotores pediram ainda sete anos de prisão para o ex-ministro da Defesa Oscar Camilión e para o ex-assessor presidencial Emir Yoma, além de solicitar que o ex-chefe do Exército e atual embaixador da Colômbia, Martín Balza, seja investigado por falso testemunho.
Para a Justiça, Menem aprovou a venda de armamento e assinou os decretos "com pleno conhecimento do verdadeiro destino do material", que supostamente seria comprado pelo Panamá e Venezuela.
No último dia 7, o Estado pediu em sua alegação final cinco anos de prisão para Menem, atual senador, através de Carlos Lobos Oroño, advogado da Alfândega argentina.
Ainda é necessário que os defensores dos acusados apresentem suas alegações, mas isso ocorrerá em fevereiro, quando serão retomadas as atividades nos tribunais após o recesso de janeiro.
Neste processo oral e público, iniciado em outubro de 2008, está sendo julgada a venda ilegal de 6.500 toneladas de armamento à Croácia e ao Equador entre 1991 e 1995. As exportações foram feitas amparadas em dois decretos presidenciais que mencionavam a Venezuela e o Panamá como destino do armamento.
Por este motivo, Menem ficou seis meses preso em 2001, acusado de "formação de quadrilha" dedicada ao tráfico ilegal de armas, mas foi libertado por conta de uma decisão da Corte Suprema, que na época era favorável a seu Governo.
Em dezembro passado, a instância máxima do país rejeitou um pedido dos advogados do ex-chefe do Estado e determinou que o julgamento deveria prosseguir. EFE
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