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A internação (e prisão) do homem que atropelou os ciclistas
Atropelador de ciclistas é internado em clínica psiquiátrica no RS
Ricardo Neis será indiciado por tentativa de homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e redução de chances de defesa das vítimas; pena pode chegar até dez anos de prisão
01 de março de 2011 | 20h 09
PORTO ALEGRE – O bancário Ricardo Neis, que atropelou e feriu diversos ciclistas na sexta-feira, em Porto Alegre, será indiciado por tentativa de homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo fútil e redução de chances de defesa das vítimas.
A informação foi divulgada nesta terça-feira, 1, pelo delegado Gilberto Montenegro, responsável pelo inquérito que investiga o incidente. Em caso de condenação, a pena pode variar de quatro a dez anos de reclusão. Antes mesmo da conclusão do inquérito, prevista para o final deste mês, dois pedidos de prisão preventiva contra Neis, feitos pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual na noite de segunda-feira, serão analisados pela Justiça nesta quarta-feira.
Na argumentação que usaram, os promotores Eugênio Amorim e Lúcia Callegari também citaram o histórico do motorista, com multas por excesso de velocidade, conversão proibida, trânsito na calçada, na contramão e em marcha ré e três processos por ameaça e agressão física. Em meio à grande repercussão do caso, Neis internou-se numa clínica psiquiátrica no final da tarde desta terça-feira. Fonte próxima à defesa do motorista disse que ele está muito abalado e entendeu que o melhor caminho seria procurar atendimento especializado.
O atropelamento ocorreu no início da noite de sexta-feira, no bairro Cidade Baixa. Para ultrapassar um grupo de mais de cem ciclistas que passeavam pela rua José do Patrocínio, o bancário atropelou parte deles, ferindo pelo menos 12 pessoas.
Em depoimento à polícia, na segunda-feira, disse que foi cercado por diversos ciclistas, se sentiu ameaçado e resolveu abrir caminho para sair do local por temer linchamento. Os ciclistas negam a tentativa de agressão.
O passeio em grupo é uma atividade mensal do movimento Massa Crítica, que estimula o uso da bicicleta como meio de transporte. Na noite desta terça-feira os participantes voltaram a pedalar pelas ruas de Porto Alegre para protestar contra o atropelador e pedir relações civilizadas no trânsito.
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02/03/2011 – 07h59
Polícia prende atropelador de ciclistas em Porto Alegre
Polícia prende atropelador de ciclistas em Porto Alegre
O bancário Ricardo Neis, 47, responsável pelo atropelamento de um grupo de ciclistas na última sexta-feira em Porto Alegre (RS), foi preso nesta quarta. A prisão ocorreu no hospital Parque Belém, onde estava internado desde ontem.
A prisão preventiva do bancário havia sido decretada na noite de ontem (1º). Vídeos que flagram o momento do atropelamento, que feriu pelo menos 16 pessoas na sexta, foram a principal evidência contra o motorista.
“Pelas imagens, ele fez uso do automóvel como arma, foi isso o que nos levou a pedir a prisão preventiva”, afirmou o delegado Gilberto Montenegro, que fez o pedido de prisão à Justiça.
Segundo ele, o número de vítimas pode chegar a 40 se forem contabilizadas, além dos atropelamentos pelo carro, as pessoas que se feriram com os choques entre as bicicletas.
O caso provocou comoção na cidade porque os ciclistas atropelados integram um grupo que defende o uso de bicicletas no trânsito. Ontem à noite uma multidão estimada entre 1.500 e 2.000 pessoas –segundo cálculos da Brigada Militar e da organização– realizou um protesto pelas ruas do centro de Porto Alegre.
Na esquina das ruas José do Patrocínio e Luiz Afonso, onde os ciclistas foram feridos, os manifestantes se deitaram no chão e, aos gritos, chamaram Neis de assassino.
DEFESA
O bancário afirmou em depoimento à polícia que acelerou contra os ciclistas para evitar um suposto “linchamento”. Neis afirmou que estava abalado e não conseguia dormir.
O advogado Jair Antônio Jonco, que representa Neis, alegou que, embora já fosse esperado pela defesa, o pedido de prisão é injusto porque o bancário tem residência e trabalhos fixos e se apresentou espontaneamente à polícia para prestar esclarecimentos
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