Na Bolívia, hoje é o Dia da Mastigação da planta de coca na campanha pela descriminalização do ato
Renata GiraldiRepórter da Agência Brasil
Brasília - Em campanha internacional pela descriminalização do direito de mastigar a folha de coca, pela Organização das Nações Unidas (ONU), a Bolívia promove hoje (26) o Dia da Mastigação. Representantes das organizações indígenas e agrícolas, além de movimentos sociais bolivianos participarão do evento. O objetivo é promover manifestações nas principais regiões da Bolívia em defesa da descriminalização do ato.
Os bolivianos alegam ter direito ao uso tradicional da planta, segundo a imprensa estatal da Bolívia, a Agência Boliviana de Informações (ABI). A manifestação deve reunir representantes das comunidades que vivem no Brasil, na Argentina, na Espanha, nos Estados Unidos, entre outros locais.
O Dia da Mastigação ocorrerá em várias cidades bolivianas com direito à exposição de produtos fabricados a partir da folha de coca, como refrigerantes, chás, bolos, tortas, biscoitos, xaropes e sabonetes. Segundo das autoridades da Bolívia, o produto também é consumido no tratamento do diabetes, reumatismo e da arteriosclerose.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, determinou ao ministro dos Negócios Estrangeiros, David Choquehuanca, que intensifique as negociações com a comunidade internacional para suspender a decisão das Nações Unidas de proibir a mastigação da folha de coca. Choquehuanca disse que essa decisão não leva em consideração a realidade do país e mostra falta de conhecimento sobre o que é a folha de coca.
"Por falta de informação em algumas nações confundem-se coca com a cocaína, independentemente do estrato arbustivo em si, a coca não é uma droga, se não for submetida a processos químicos para extrair alcaloides, como se faz com os medicamentos”, disse o ministro
O governo boliviano apresentou na ONU uma proposta de alteração da Convenção das Nações Unidas, que é de 1961, e também no Conselho Econômico e Social. Os representantes dos 190 países-membros dos dois órgãos terão prazo para se manifestar sobre a solicitação. O mesmo apelo foi encaminhado à União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e ao Mercado Comum do Sul (Mercosul) e aos 119 países não-alinhados.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/home/-/journal_content/56/19523/3174418
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