quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

...falando em cultura, um passo atrás...

Ato de Ana de Hollanda sobre Creative Commons causa perplexidade e indignação

Em entrevista, o sociólogo Sérgio Amadeu, ativista da inclusão digital e do software livre, diz que a medida de Ana de Hollanda “afronta a política de compartilhamento iniciada no governo Lula”.

http://www.revistaforum.com.br/noticias/2011/01/21/ato_de_ana_de_hollanda_sobre_creative_commons_causa_perplexidade_e_indignacao/


Mudança de licença de copyright no site do MinC preocupa militantes

O Ministério da Cultura (MinC) alterou a licença de sua página na internet. De uma licença que permitia o uso livre do conteúdo do site, demonstrando a adesão da pasta ao compartilhamento de conhecimento na web, optou por voltar a um modelo restrito. A mudança é alvo de críticas e militantes da cultura livre exigem posicionamento de Dilma Rousseff. Ouça entrevista com Sergio Amadeu e Ronaldo Lemos
http://m.redebrasilatual.com.br/radio/programas/jornal-brasil-atual/minc_direitos_liberdade_site.mp3

Na Bolívia, hoje é o Dia da Mastigação da planta de coca na campanha pela descriminalização do ato

Renata Giraldi

Repórter da Agência Brasil

Brasília - Em campanha internacional pela descriminalização do direito de mastigar a folha de coca, pela Organização das Nações Unidas (ONU), a Bolívia promove hoje (26) o Dia da Mastigação. Representantes das organizações indígenas e agrícolas, além de movimentos sociais bolivianos participarão do evento. O objetivo é promover manifestações nas principais regiões da Bolívia em defesa da descriminalização do ato.

Os bolivianos alegam ter direito ao uso tradicional da planta, segundo a imprensa estatal da Bolívia, a Agência Boliviana de Informações (ABI). A manifestação deve reunir representantes das comunidades que vivem no Brasil, na Argentina, na Espanha, nos Estados Unidos, entre outros locais.

O Dia da Mastigação ocorrerá em várias cidades bolivianas com direito à exposição de produtos fabricados a partir da folha de coca, como refrigerantes, chás, bolos, tortas, biscoitos, xaropes e sabonetes. Segundo das autoridades da Bolívia, o produto também é consumido no tratamento do diabetes, reumatismo e da arteriosclerose.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, determinou ao ministro dos Negócios Estrangeiros, David Choquehuanca, que intensifique as negociações com a comunidade internacional para suspender a decisão das Nações Unidas de proibir a mastigação da folha de coca. Choquehuanca disse que essa decisão não leva em consideração a realidade do país e mostra falta de conhecimento sobre o que é a folha de coca.

"Por falta de informação em algumas nações confundem-se coca com a cocaína, independentemente do estrato arbustivo em si, a coca não é uma droga, se não for submetida a processos químicos para extrair alcaloides, como se faz com os medicamentos”, disse o ministro

O governo boliviano apresentou na ONU uma proposta de alteração da Convenção das Nações Unidas, que é de 1961, e também no Conselho Econômico e Social. Os representantes dos 190 países-membros dos dois órgãos terão prazo para se manifestar sobre a solicitação. O mesmo apelo foi encaminhado à União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e ao Mercado Comum do Sul (Mercosul) e aos 119 países não-alinhados.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/home/-/journal_content/56/19523/3174418

quiz sobre bancos e dinheiro

1. Why is modern money backed by nothing?

a) because the world does not have enough gold
b) because it is unprofitable
c) because by doing so Nixon managed to avoid bankruptcy of the United States in 1971

2. Why have countries waived their sacred right to create money in favor of the central banks?

a) because they were no longer able to print money
b) because banksters are more honest people
c) because that's a common, generally accepted law in the world

3. Why do countries issue only debt instruments, and not their own money?

a) because it is much more cost-effective
b) because there has been a mathematical error
c) because they are bound to contracts with banksters

4. Why only now is it coming to light that the central banks are private institutions?

a) because this is absolutely irrelevant information for the population
b) that is the effect of globalization with which democracy expands
c) because we are talking about a high treason with which entire nations are enslaved

5. What is monetary sovereignty?

a) the right of the central bank
b) the right of the government
c) the fundamental right of every nation

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Um a cada 4 brasileiros descarta usar transporte público

Um a cada 4 brasileiros descarta usar transporte público

Ter, 25 Jan, 02h10

Um a cada quatro brasileiros não quer usar transporte público. Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com 2.770 pessoas em todos os Estados do País aponta que 24,1% disseram que nenhuma opção os faria utilizar o transporte coletivo. Divulgado ontem pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, em São Paulo, o estudo mostra que, dentre aqueles que admitem migrar para o transporte público, a condição mais citada para que isso ocorresse está relacionada com a rapidez - questão apontada em quase todas as regiões, com exceção da Região Nordeste, onde há preferência pela disponibilidade. Ser mais barato e confortável ocupam juntos a terceira opção, com cerca de 15% das avaliações.

Entre os meios de transporte, 44,3% da população usam o transporte público. A utilização do carro próprio aparece em segundo lugar, com 23,8%. A moto ocupa a terceira posição, com 12,6%. Mais pessoas andam a pé do que de bicicleta: 12,3% contra 7%. O porcentual mais elevado de pessoas que usam o transporte público se encontra na Região Sudeste, com 50,7%, seguida pelas regiões Sul (46,3%), Norte (40,3%), Centro-Oeste (39,6%) e Nordeste (37,5%). Em relação ao uso do automóvel, a Região Centro-Oeste se destaca, com 36,5%, seguida pelo Sul (31,7%), Sudeste (25,6%), Norte (17,6%) e Nordeste (13%). As pessoas andam menos a pé na Região Sul (7,6%) e mais na Região Nordeste (18,8%).

O levantamento aponta que a frota de veículos cresce em ritmo forte. Em 2000, o Brasil contava com 29,723 milhões de veículos. Em 2010, chegou a 63,725 milhões. Portanto, em dez anos o País incorporou, na média, 3,4 milhões de veículos por ano. Pochmann disse que o investimento em infraestrutura não acompanha essa expansão. "É óbvio que nós estamos caminhando muito rapidamente para um aumento do congestionamento, que tem implicações brutais, como na qualidade de vida e na produtividade", afirmou.

Para ele, a Copa do Mundo de 2014 vai melhorar a mobilidade urbana nas cidades que vão receber os jogos. "Mas é preciso olhar o Brasil como um todo. Não dá para ficar esperando termos eventos para fazer investimentos nessa área." Pochmann vê a priorização do transporte coletivo como saída para diminuir os gargalos de mobilidade dos municípios. No entanto, é preciso melhorar o transporte público. "Ele seria mais eficiente se fosse mais rápido e menos oneroso", disse.

Pontualidade

A pontualidade também é um outro ponto nessa questão. Para 41,5% dos brasileiros, sempre há atraso na frequência dos transportes públicos. A soma desse porcentual com o índice dos que responderam que na maioria das vezes ocorrem atrasos (28,8%) mostra que 70,3% da população percebem falta pontualidade na frequência dos transporte públicos.

Questionados sobre as características para um bom transporte, seja coletivo ou individual, os entrevistados apontaram o item rapidez como condição número um (35,1%). O fato de ter disponível mais de uma forma para se deslocar vem em segundo lugar, com 13,5%. Ser barato aparece na terceira posição, com 9,9%. Ser confortável e sair em um horário adequado à necessidade do pesquisado estão, respectivamente, na quarta (9,7%) e quinta colocação (9,3%).

A pesquisa do Ipea, chamada de Sistema de Indicadores de Percepção Social: Mobilidade Urbana, utilizou a técnica de amostragem por cotas, a fim de garantir proporcionalidade no que diz respeito à população. A margem máxima de erro por região é de 5%.

Gastos

Os gastos da população brasileira com transporte praticamente se igualam à despesa com a alimentação. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), citados pelo Ipea, mostram que em 2002/2003 o brasileiro gastava 18,7% de seu orçamento com locomoção e 21,1% eram utilizados para se alimentar. Em 2008/2009, a despesa com alimentação diminuiu para 20,2% enquanto o gasto com transporte aumentou para 20,1%.

"Ações que possam reduzir o peso do custo do transporte representariam um ganho de renda para as famílias, especialmente para as famílias mais pobres. Portanto, um adicional enfrentamento da pobreza e da desigualdade do País", disse o presidente do Ipea, Marcio Pochmann. Na frente dessas duas despesas só está o gasto com habitação: subiu de 36,1% em 2002/2003 para 36,8% em 2008/2009.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Interessante texto sobre o caso da Tunísia

Ramy Brahem: como a Tunísia decidiu acabar com Ben Ali

Os meios de comunicação estrangeiros falseiam a visão dos acontecimentos. Dão a entender que a Tunísia vive um movimento social como se as causas principais fossem o desemprego ou o preço dos alimentos de base.

Texto completo:

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=146036&id_secao=9

TODO APOIO A BATTISTI

Uma carta de Cesare Battisti: A história não se julga nos tribunais, ela será sempre matéria de historiadores

20 de Janeiro de 2011  

Desde o ano 2000 estamos assistindo à impiedosa tentativa do Estado italiano enterrar definitivamente a tragédia dos anos de chumbo, jogando na prisão e levando à morte o bode expiatório Cesare Battisti. Por Cesare Battisti

Caros companheiros(as), há meia hora, nesta terça, antes da visita dos companheiros decidi escrever um recado para todos vocês que participam dessa luta em meu favor. Resultado: pouco tempo para escrever algo vigoroso; cabeça cheia de insultos grifados de uma cela a outra; e o espírito fica longe: palavras que não se deixam prender e, enfim, o recado é para já.
cesare-aTem-se dito e escrito tanto sobre esse “Caso Battisti” que já não sei mais distinguir direitinho o eu do outro. Aquele Battisti surgido do nada e jogado pela mídia como pasto para gado. Mas essas são só palavras, vazias como as cabeças desses mercenários que costumam facilmente trocar a pistola com a caneta e até uma cadeira no Congresso. No entanto, os companheiros/as de luta, assim, todos/as aqueles que ainda sabem ler atrás da “notícia”, vocês sabem quem é quem, qual a minha história e também a manipulação descarada que está servindo a interesses políticos e pessoais, de carreira e de mercado: em 2004, depois de 14 anos de asilo, a França de Sarkozi me vendeu à Itália de Berlusconi em troca do trem-bala [comboio de grande velocidade] de Lyon-Turin. Desde o ano 2000 estamos assistindo à impiedosa tentativa do Estado italiano enterrar definitivamente a tragédia dos anos de chumbo, jogando na prisão e levando à morte o bode expiatório Cesare Battisti.
Entre centenas de refugiados dos anos 70 que se encontram em vários países do mundo, não fui escolhido eu por acaso nem pela importância do papel de militante, mas pela imagem pública que eu tinha enquanto escritor, o que me dava o acesso à grande mídia para denunciar os crimes de Estado naquela época e os atuais…
Eis que de repente há tantas coisas por dizer que eu não sei mais me orientar! Pela rua, claro, só a rua vai me dirigir até vocês. Na rua comecei mil anos atrás e nela continuo; nela mesmo onde será praticamente impossível evitar-nos. E então falo, falo de homens e de mulheres, de companheiros(as), de sonhos e de Estados (esses também ficam no caminho, de ladinho). Falo sobre minha vida que não conheceu hinos, nem infância, mas que em troco tive o mundo todo para brincar com outra música que não essas fanfarras de botas.
Contudo, parece quase que estou falando como homem livre, não é? Porém, estou preso. Vai fazer quatro anos no próximo março. Ainda assim, essas cariátides da reação não conseguiram me pegar em tempo. Quase três anos se passaram (antes de eu ser preso), de rua a outra, nesse tempo conheci o país, cheirei o povo, me misturei a ele, ao ponto de quase esquecer o hálito fedorento dos cães de caça. Ainda estou preso, está certo, mas isso não me impede de sentir lá fora vossos corações batendo pela liberdade.
Talvez eu tinha que falar-lhes algo mais sobre esta perseguição sem fim, dar-lhes algumas dicas de como driblar a matilha. Mas acabei por pintar-lhes um abraço sincero e libertário. É o que conta.
Cesare Battisti, 18 de janeiro de 2011

fonte: PASSA PALAVRA

sábado, 8 de janeiro de 2011

sábado, 8 de janeiro de 2011

Passaporte: Estadão desmoraliza a Folha

Por Altamiro Borges

A Folha inventou mais um factóide para arranhar a alta popularidade de Lula e, de quebra, criar constrangimentos para Dilma Rousseff bem no início do seu governo. Ela deu manchetes para a "grave" concessão de passaportes diplomáticos aos filhos do ex-presidente. Todo dia ela bate bumbo com este assunto "altamente relevante". Mas este escárceu todo é ridículo e, como tal, foi desmoralizado pelo concorrente Estadão.

Reportagem de Denise Madueño e Leandro Colon revela que a emissão destes passaportes é um fato corriqueiro há muito tempo. E não beneficia apenas os filhos de Lula, como a Folha insinua maldosamente - com objetivos políticos, de oposicionista hidrófoba. Outros ex-presidentes também tem esse direito, além de deputados e seus parentes.

Emissão de 360 passaportes

Segundo a reportagem, "pelo menos dois terços dos passaportes especiais solicitados pela Câmara dos Deputados ao Itamaraty, entre esta sexta-feira, 7, e fevereiro de 2009, foram para mulheres, maridos e filhos dos parlamentares. E cerca de 87% dos vistos internacionais para esses documentos tiveram motivação turística, segundo dados da Segunda Secretaria da Câmara, responsável por essa tarefa".

"Quem tem esse documento recebe privilégios em aeroportos, como filas e atendimentos especiais, prioridade em bagagens e, dependendo do país, fica até dispensado da necessidade de tirar visto... O balanço da Câmara mostra que cerca de 360 passaportes diplomáticos foram emitidos nestes últimos dois anos... De acordo com os dados, pelo menos 125 passaportes foram emitidos para filhos e 110 para cônjuges".

Guerra queimou a língua

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra - que fugiu da disputa pela reeleição ao Senado em Pernambuco, mas adora posar de jagunço -, emitiu uma nota com duras críticas ao ex-presidente na esteira do factóide da Folha. Ele devia ser mais cuidadoso com sua língua ferina. O registro da Segunda Secretaria mostra que, no dia 21 de dezembro do ano passado, o deputado Carlos Leréia (PSDB-GO) mandou o ofício 250/2010 pedindo passaporte diplomático e visto para ele, a mulher e três filhos viajarem para Miami.

Parlamentares de vários outros partidos também gozam deste privilégio. "Em julho de 2010, a Segunda Secretaria providenciou passaportes diplomáticos para dois filhos de Ratinho Júnior (PSC-PR) viajarem a 'turismo', segundo a Câmara, para Miami". A legislação para emissão de passaporte diplomático é vinculada ao decreto 5.978/2006 e garante este direito aos membros do Congresso e seus dependentes. O benefício pode até ser impopular, mas é legal - o que confirma a baixaria da Folha.

Tratamento diferenciado e seletivo

O curioso é que esse mesmo jornal, de propriedade da Famíglia Frias, nunca foi atrás das várias denúncias envolvendo o ex-presidente FHC. Alguns dos seus colunistas, até pelas relações íntimas que mantêm com o tucano, conheciam as denúncias, mas sempre o trataram como um "princípe da Sorbonne" acima de qualquer suspeita. No seu ranço de classe, preferem criticar o peão Lula, que tira suas férias em quartéis no litoral brasileiro, do que falar mal do aristocrático FHC, que sempre viajou para a Europa.

Como observou Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, a cobertura sobre factóide do passaporte especial - que a Folha detonou e, na dobradinha orquestrada, a TV Globo amplificou - é totalmente distorcida. Ela só engana os ingênuos, metidos a puristas. O tratamento diferenciado dados aos dois ex-presidentes só confirma a manipulação.

A mídia "jamais incomodou FHC com a história do filho ilegítimo que gerou com uma jornalista da Globo... As encrencas de outros filhos de FHC, os assumidos por ele, jamais chegaram tão rápido ao noticiário. Só em 2009, oito anos depois de o tucano deixar o poder, a mídia soltou notinhas sobre Luciana Cardoso, que recebia salários do Senado sem aparecer por lá para trabalhar", afirma, indignado, Eduardo Guimarães.

http://altamiroborges.blogspot.com/2011/01/passaporte-estadao-desmoraliza-folha.html